Responsável pela morte de Girlázaro Silva da Anunciação, companheiro de sua ex-mulher Marly da Mota Anunciação, o motorista carreteiro Francisco Sacramento Araújo, de 30 anos, foi preso, na quarta-feira (30), ao se apresentar, acompanhado de um advogado, no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), depois de ser intimado a depor. Com mandado de prisão temporária expedido pela 1ª Vara do Tribunal do Júri, Francisco, que era investigado desde a época do crime, conviveu com Marly durante sete anos e não se conformava com o fim do relacionamento.
Assassinado com três tiros, na noite de 23 de janeiro de 2012, oito meses depois de iniciar o relacionamento com Marly, Girlázaro não conhecia Francisco e estava chegando à sua residência, no Alto da Bela Vista, Bairro da Paz, onde morava com a mulher, quando foi emboscado e morto. Desconfiada de que o motorista estava armado, Marly tentou avisar a Girlázaro para não se aproximar, mas não adiantou. Tentando evitar que Francisco atirasse em seu companheiro, ela entrou em luta corporal com ele e foi atingida no braço.
Depois do crime, Francisco colocou Marly no porta-malas do seu carro e fugiu para o povoado de Licuri, município de Ichu, distante 31 quilômetros de Serrinha. No depoimento, ela disse à delegada Andréa Barbosa Ribeiro, da 1ª Delegacia de Homicídios (DH/Atlântico), que, antes de chegar ao povoado, o ex-companheiro parou o veículo num matagal e tentou matá-la. Armado com uma escopeta, levada da casa da mãe, Francisco desistiu de matá-la com a promessa de que ela diria à polícia que ele matou Girlázaro em legítima defesa.
Segundo a delegada, um dia antes do crime, quando foi buscar os filhos na casa da mãe de Francisco, Marly foi surpreendida pelo motorista num ponto de ônibus, sendo arrastada pelos cabelos e obrigada a entrar no veículo dele. Depois de levada para uma estrada deserta, agredida com várias coronhadas de revólver na cabeça e ameaçada de morte, Marly aproveitou um momento de distração de Francisco e conseguiu fugir.
Cárcere - Durante os sete anos de convívio com Francisco, Marly foi vítima constante de violência doméstica, tendo, em uma das agressões, a mão direita fraturada e parte do corpo queimada com um ferro de passar roupas. Depois das brigas, Francisco sempre matinha a ex-companheira em cárcere privado até as lesões desaparecerem.
Preso por porte ilegal de arma, em julho deste ano, Francisco chegou a ficar custodiado durante 15 dias na Cadeia Pública. Na ocasião, o motorista informou que adquiriu a espingarda calibre 20, há quatro anos, por R$ 550 na mão de um caminhoneiro, para se proteger nas estradas. Ele já se encontra no sistema prisional.
Do Portal Clériston Silva
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