Em Conceição do Coité, a cerca de 39 km de Serrinha, uma estudante de 13 anos ficou ferida após ser atingida por ovos em uma espécie de comemoração popularmente conhecida como “ovada”, na quinta-feira (1º), dia do seu aniversário. De acordo com a delegacia da cidade, a jovem acabara de sair da escola quando outros estudantes a seguiram para a suposta comemoração. Enquanto tentava correr para evitar os colegas, a menina caiu no chão e foi pisoteada por alguns estudantes.
“A criança chegou à delegacia com ferimentos leves, provavelmente porque os colegas jogaram os ovos de longe, e foi orientada a ir a um hospital realizar o exame de corpo de delito para dar continuidade às investigações caso os responsáveis julguem necessário”, explicou o titular da cidade.
Os pais da menina levaram o caso à polícia sob a alegação de que a menina teria sofrido bullying [termo inglês usado para definir agressões de crianças por outras crianças] e de que a diretoria deveria ser responsabilizada pelo caso. Procurada, a vice-diretora da escola Almir Passos, Izaulina Rios, contou que esse tipo de atitude vem sendo combatida pelos professores e que o caso está sendo investigado pela escola.
“Nós não acreditamos que esse tipo de manifestação possa ser chamada de comemoração. Não é de hoje que combatemos essa prática, que acontece sempre do lado externo do colégio. Já fizemos palestras, reuniões e as mais variadas medidas educativas para prevenir esse tipo de atitude que, infelizmente, é uma prática comum entre os jovens da cidade. Nesse caso da aluna da sétima série, nós temos a informação de que ela é uma das crianças que participa desse tipo de ato com outros alunos”, sinaliza Izaulina.
A diretoria da escola informou que tanto os alunos envolvidos, quantos os pais, serão procurados pelo colégio para debaterem o assunto. Além disso, a escola prometeu reforçar as campanhas que já vêm sendo realizadas para prevenir esse tipo de fato.
Bullying - Segundo a psicopedagoga Simone Cortês, o fato ocorrido em Conceição do Coité não pode ser definido como bullying. “O bullying se configura pela repetição dos atos de ofensas ou agressões a uma mesma criança. Nesse caso de Conceição do Coité, por ter sido uma situação isolada, de crianças que têm a prática de realizar esse tipo de comemoração entre si, não se define o bullying”, pontua.
A psicopedagoga acrescenta ainda que, independente do fenômeno, os pais de crianças que praticam qualquer tipo de agressão a outras crianças podem ser responsabilizados pela atitude dos seus filhos.
Responsabilidades - De acordo com Carlos Antônio de Ramos, assessor jurídico do Juizado de Menores de Salvador, os pais das crianças que atacaram a estudante podem responder na Justiça. “Primeiro deverá ser aberto um inquérito na delegacia, para serem realizados os exames de corpo de delito.
Em seguida, o Ministério Público da cidade deverá ser acionado para abrir o processo contra os pais das crianças que praticaram o ato. Em relação à pena, os pais, se responsabilizados, podem pagar multas ou ter suas punições convertidas em serviços comunit ários”, explica Ramos.
Informações de Clériston Silva/Foto: Calila Noticias
Bullying - Segundo a psicopedagoga Simone Cortês, o fato ocorrido em Conceição do Coité não pode ser definido como bullying. “O bullying se configura pela repetição dos atos de ofensas ou agressões a uma mesma criança. Nesse caso de Conceição do Coité, por ter sido uma situação isolada, de crianças que têm a prática de realizar esse tipo de comemoração entre si, não se define o bullying”, pontua.
A psicopedagoga acrescenta ainda que, independente do fenômeno, os pais de crianças que praticam qualquer tipo de agressão a outras crianças podem ser responsabilizados pela atitude dos seus filhos.
Responsabilidades - De acordo com Carlos Antônio de Ramos, assessor jurídico do Juizado de Menores de Salvador, os pais das crianças que atacaram a estudante podem responder na Justiça. “Primeiro deverá ser aberto um inquérito na delegacia, para serem realizados os exames de corpo de delito.
Em seguida, o Ministério Público da cidade deverá ser acionado para abrir o processo contra os pais das crianças que praticaram o ato. Em relação à pena, os pais, se responsabilizados, podem pagar multas ou ter suas punições convertidas em serviços comunit ários”, explica Ramos.
Informações de Clériston Silva/Foto: Calila Noticias
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