Apesar de bons salários, faltam médicos no interior da Bahia. A Bahia possui cerca de 15.500 médicos, marca que supera a meta estabelecida pela Organização Mundial de Saúde, de um médico para cada mil habitantes.
Apesar disso, muitos municípios baianos sofrem com a falta de profissionais que fixem residência. Com isso, o atendimento à noite e nos finais de semana é deficiente.
Em geral, sobram vagas para estes profissionais nas unidades de saúde do interior, apesar das boas ofertas de salários. Mesmo salários de até R$ 25 mil para trabalhar três dias por semana não atraem os médicos.
A Organização Pan-Americana da Saúde avalia que o Brasil precisa de mais profissionais de saúde e que seria necessário distribuir melhor os médicos pelo país e evitar que eles deixem as pequenas cidades em busca de trabalho nos grandes centros.
Um exemplo disso é o município de Jaguaquara, de 52 mil habitantes. O prefeito Aldemir Moreira informou que a cidade conta com 21 médicos e precisa de mais 10. Ele paga cerca de R$ 10 mil no Programa Saúde da Família e ainda assim sente muita dificuldade em preencher as vagas.
O prefeito de Lafaiete Coutinho, de 4 mil habitantes, Zenildo Brandão, disse que tem dois médicos no Programa Saúde da Família e faltam ainda mais dois. “A questão não é salarial e sim falta de interesse em locais fora da região metropolitana”, disse.
Municípios como Cravolândia, Santa Inês, Itiruçu, Lajedo de Tabocal e muitos outros vem também passando por grandes dificuldades em contratar médicos.
Os prefeitos defendem que o Congresso aprove o mais rápido possível a regulamentação da Emenda 29, que, segundo eles, prevê 10% do Orçamento da União para investimento em ações e programas de saúde.
“Aumentaria o valor dos repasses para os Municípios investirem em saúde preventiva”, diz o presidente da UPB, prefeito de Camaçari, Luiz Caetano.
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