Foto: Divulgação
Em uma época de culto à magreza e superexposição às redes sociais, as buscas por dietas milagrosas para perder peso continuam em alta. A dificuldade de manter uma rotina alimentar equilibrada e alcançar o emagrecimento não está relacionada somente a fatores genéticos e psicológicos, mas também a um órgão bastante subestimado.
“O tecido adiposo é um órgão. É um órgão como seu coração, o seu pâncreas, seu rim. Então, emagrecer significa consumir parte de um órgão”, explica a nutricionista Desire Coelho em entrevista ao podcast Prazer, Renata.
Além das suas funções clássicas como estoque de energia, o tecido adiposo também sintetiza e secreta hormônios e, por isso, é considerado um órgão endócrino.
Autora dos livros ‘Por que não consigo emagrecer’, ‘A Dieta Ideal’ e ‘Alimentação Saudável’, Desire explica ainda a diferença entre fome física e fome emocional – a grande responsável pela ausência de saciedade quando estamos ansiosos.
“Se você está estressado, o seu corpo entende que você está sob uma ameaça. Então, se seu corpo está ansioso, ele fala: ‘Ou você vai lutar, ou vai correr. Então para isso você precisa de energia’. Então a pessoa tá ansiosa, e aquilo pode aumentar a fome dela. E aumentar fome pelo quê? Açúcar e gordura.”
Padrões inalcançáveis
Durante a entrevista, a nutricionista ainda faz um alerta para o aumento dos transtornos alimentares e a vulnerabilidade das mulheres. Elas são ao menos nove vezes mais propensas a desenvolver algum tipo de distúrbio do que os homens.
“Isso está relacionado à pressão que sofremos para atingir padrões inalcançáveis de beleza, e também não dá para falar sobre esse desconforto com o corpo sem analisar a nossa relação com a comida”, afirma.
Segundo Desire, o fim da briga com a balança, das flutuações de peso e dos episódios de compulsão alimentar passa, necessariamente, pela compreensão de como funciona o corpo e a autoaceitação.
“Existem dois relacionamentos que você vai ter a vida inteira: a comida e o corpo”, conclui.
Do Portal NS/Por Fantástico
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