Com mais de 379.308 casos de Covid-19 nas últimas 24 horas, a Índia registrou mais um recorde mundial. É o sétimo nos últimos sete dias, e representa 42% de todos os casos do mundo - que passou pela primeira vez dos 900 mil infectados em um dia. Os dados são do governo indiano e de um projeto ligado à Universidade de Oxford, o "Our World in Data", segundo o G1.
As mortes também foram recorde (nacional): 3.645. É o quarto dia seguido sendo o país com mais óbitos no planeta. O colapso no sistema de saúde levou um governador do país, recentemente, a pedir que as famílias cremem os mortos em suas próprias casas (lembre aqui). Os crematórios e cemitérios estão lotados.
Além disso, a escassez de oxigênio nos hospitais tem deixado as pessoas desesperadas. Muitos estão recorrendo ao mercado negro para comprar suprimentos por preços exorbitantes. Boa parte dos doentes morre em casa.
Por todos esses fatores, a comunidade internacional se mobilizou para ajudar a Índia. Um carregamento com 100 ventiladores e 95 concentradores de oxigênio, vindos do Reino Unido, chegou nesta terça-feira (27) a Délhi. Nesta quinta-feira (29), veio um da Rússia. Os EUA enviarão US$ 100 milhões em ajuda, incluindo insumos para a produção de vacinas.
"A OMS está fazendo tudo o que pode. Fornecendo suprimentos e equipamentos essenciais, especialmente milhares de tanques de oxigênio, hospitais de campanha móveis pré-fabricados e suprimentos de laboratório", informou o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus.
O governo indiano coloca a responsabilidade pelo aumento no número de casos e mortes na falta de respeito das medidas de prevenção pela população. Distanciamento social e uso de máscaras não têm sido seguidos pelos indianos, diz a gestão do país.
Outra coisa que tem contribuído é a variante B.1.617, detectada em pelo menos 17 países. Ainda não há estudos comprovando que essa cepa pode ser mais agressiva. A OMS classifica ela como "de interesse", e não "preocupante".
Do Portal Bahia Notícias
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