O correspondente Márcio Gomes. Foto: Divulgação |
A situação nas Filipinas, por conta do tufão que arrasou a região, está caótica como está sendo amplamente divulgado. Márcio Gomes, correspondente internacional da Globo no Japão, foi enviado para Tacloban (cidade filipina mais afetada) para acompanhar os trabalhos de ajuda humanitária.
Na noite de ontem no "JN", o profissional não escondeu sua revolta com toda a situação. Por conta da desorganização do país, a comida está difícil, o resgate dos corpos virou uma tarefa impossível, os sobreviventes sofrem com a escuridão, com os saques e com falta de água. Visivelmente cansado, ele desabafou no ar.
"Aqui falta tudo: água e comida, inclusive para jornalistas. Ontem, a polícia distribuiu biscoito de chocolate e água para a população, mas foi um tumulto tão grande que os policiais tiveram de jogar a comida para sua própria segurança. Por sorte, eu consegui pegar dois biscoitos e duas garrafas, que dividi com o meu cinegrafista. Foi a nossa refeição do dia. Especialmente para crianças e idosos, a situação é realmente desesperadora. Não há outra palavra para definir e peço desculpas, mas isso aqui está um inferno", comentou o repórter.
Márcio lembrou que, se em Tacloban está assim, no restante da região deve estar pior. Ao final da matéria, William Bonner e Patrícia Poeta elogiaram o trabalho de Márcio e do cinegrafista (que, aliás, está muito bom mesmo), mas quem vê o vídeo percebe que o repórter estava tão desgastado que nem percebe o elogio e termina a matéria sem se despedir. Veja o vídeo aqui.
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Por Janaina Nunes | Em Off
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