Com um show de Messi, Xavi e Iniesta, o Barcelona aplicou 4 a 0 no Santos e conquistou o titulo de Campeão Mundial Interclubes, disputado no Japão neste domingo (18).
Este é o segundo titulo da equipe espanhola, que agora iguala ao time brasileiro em número de títulos mundiais. No confronto entre continentes, a Europa agora passa à frente, com 26 títulos, contra 25 da América do Sul.
Jogando por música e contra a fraca marcação do Santos, o Barcelona ditou as normas do jogo desde o inicio. No primeiro tempo a equipe deteve cerca de 76% da posse de bola, contra 24% do Santos, mas isso se repetiu também na etapa final.
Com isso os gols foram saindo naturalmente. Primeiro com Messi, de forma magistral, em um toque por cima do goleiro Rafael. O segundo, com Xavi, surgiu depois de uma jogada do baiano Daniel Alves pela direita.
O terceiro, novamente de forma belíssima, também veio de uma jogada de Daniel, que caiu nos pés de Messi, que tocou para trás. O goleiro Rafael chegou a fazer duas defesas no lance, mas, no último toque de Fábregas, ele não pode fazer nada: 3 a 0.
Segundo tempo
No segundo tempo o panorama da partida pouco mudou. A norma era o Barcelona com a bola e o Santos tentando mostrar que estava vivo. A equipe brasileira chegou a criar algumas oportunidades, mas não foram suficientes para vencer a defesa espanhola.
Com isso, o quarto gol era questão de tempo. E ele veio novamente em grande estilo, e em nova jogada de Daniel Alves, que tocou para Messi. Com um corte seco no goleiro, o argentino ficou livre para fazer o gol e fechar o placar em 4 a 0.
Globo muda discurso
A Globo, que transmitiu o jogo com exclusividade no canal aberto, a semana inteira fez um grande barulho para promover o confronto e valorizar a sua audiência. Sem meias palavras, promoveu o duelo Neymar x Messi, pondo os dois no mesmo patamar.
Contudo, quando a bola rolou, Neymar, como o Santos, desapareceu. E Messi fez o que quis em campo. Inquestionável. Diante da humilhação, não restou outra saída para o narrador e comentarista da emissora, que passaram a rasgar elogios ao adversário, sem enxergar um defeito na equipe brasileira, sequer que foi covarde.
Alheios à transmissão e ao que se passava em campo, faziam elogios constantes ao Barcelona, a Messi, a Xavi e Iniesta, e remetiam ao passado de equipes brasileiras, notadamente as do velho esquema. Mas tudo era para esconder a fragilidade do Santos, que antes colocaram no mesmo patamar da equipe espanhola.
Convenhamos, o Barcelona é uma equipe inquestionável. Mas, lembremos também que outras equipes brasileiras, principalmente o Santos de Pelé, enfrentaram clubes poderosos, e com jogadores também consagrados, mas que tiveram uma performance bem diferente.
O Santos deste domingo ficou distante do verdadeiro futebol brasileiro, embora muito próximo do que vem sendo apresentado por aquela equipe que chamam de “Seleção Brasileira”, que está muito mais a serviço do ‘honestíssimo’ Ricardo Teixeira, de empresários internacionais, e sob o comando de um treinador subserviente.
Por fim, reiteramos que a superioridade do Barcelona foi enorme. Mas nada justifica a apatia do Santos, que quase não saiu para o jogo, ou não encontrou forças para tal. Bem diferente do que o treinador Murici Ramalho apregoou durante a semana, que sairia para atacar.
Por Evandro Matos (Portal Interior da Bahia)
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