Na manhã desta quinta-feira (13), no fórum de Riachão do Jacuípe, aconteceu a segunda audiência do “Caso Feirão”, que apura o suposto escândalo na prestação de contas da Feira de Animais, que aconteceu no Parque de Exposições deste município, em 2005.
Segundo denuncias, no referido Feirão ocorreram varias irregularidades. Por conta disso, o prefeito Lauro Falcão e mais cinco pessoas foram ouvidos. O primeiro foi o senhor Antonio Roque, que na época era o Secretario de Agricultura e Desenvolvimento Econômico do município, na primeira gestão do Prefeito Falcão.
O segundo ouvido foi Ricardo da Silva. Minutos antes de entrar, ele conversou com nossa reportagem e disse que seu nome teria sido usado para fazer empenho de notas na Prefeitura referentes a serviços gráficos feitos no Feirão. Após Ricardo, foi a vez da senhora Patrícia Ramos Falcão, que na época era Secretaria de Finanças e Serviços Públicos do município.
Seu depoimento durou cerca de 20 minutos, das cinco pessoas ouvidas o dela foi o que mais demorou, em seguida entrou para depor Sandoval de Oliveira Trindade conhecido por “Sanduba”, e logo depois foi a vez do vereador Waldiney Pereira de Jesus conhecido como “Boka dos teclados” que segundo informações da denuncia ele na época abriu uma empresa em seu nome para prestar serviços também no feirão.
Documentos em que a repórter Alana Adrielle teve acesso com exclusividade dão conta de que Waldiney Pereira de Jesus “Boka”, Patrícia Ramos Falcão, o Prefeito Lauro Falcão e Sandoval Trindade, o “Sanduba”, seriam os réus do caso. Os outros que deram depoimento seriam apenas testemunhas.
Após o depoimento de Boka já por volta de meio dia começou a ser ouvido pelo juiz Exmo Dr. Ferreirinha o Prefeito Lauro Falcão, o depoimento dele durou cerca de uma hora, acompanhado de dois advogados de fora da cidade os quais não tivemos acesso aos nomes, o prefeito deixou o fórum sem falar com a impressa.
Conseguimos falar com a promotora do caso a Drª Eny Magalhães Silva Araújo, ela falou com nossa reportagem no corredor do fórum, rapidamente, segundo ela informou foi apenas uma audiência preliminar e que o caso segue agora para ser apreciado no Tribunal de Justiça.
Entenda o caso
MP denuncia prefeito de Riachão de Jacuípe
O Ministério Público encaminhou ação penal originária ao Tribunal de Justiça da Bahia em que pede o afastamento cautelar e a prisão preventiva do prefeito Lauro Falcão Carneiro (PMDB), do município de Riachão do Jacuípe, a 180 km de Salvador. A denúncia é referente ao Processo 1692836-2/2007, que diz respeito ao XI Feirão de Animais e Produtos do Vale do Jacuípe, realizado no município em fevereiro de 2005.
Na ação, os promotores Eny Magalhães Silva Araújo e Valmiro Santos Macedo alegam que o prefeito Lauro Falcão contratou diretamente a empresa Éshow Multishow Produções e Assessoria de Eventos Ltda. para que esta fornecesse à Prefeitura toldos e uma arquibancada armada em tubos galvanizados, ferro e madeira, que serviriam à Feira de Animais.
O MPE apurou ainda que “o objetivo do gestor municipal era favorecer aos seus apadrinhados políticos e colaboradores da campanha eleitoral de 2004, Sandoval de Oliveira Trindade (Sanduba) e Waldinei Pereira de Jesus (Boka), os dois sócios da empresa citada acima”.
Nos depoimentos colhidos pelo MP a própria secretaria Patrícia Ramos Falcão reconhece que não havia instalado a arquibancada, nem os toldos. O mais grave é que a empresa Éshow foi constituída em 14 de fevereiro de 2005, e os contratos trazem datas anteriores ao evento.
Contra o prefeito existe também o processo do ônibus, adquirido em 2006 com valor superfaturado, que ainda será julgado pelo Tribunal de Justiça da Bahia.
Entenda o caso da compra do ônibus
A denúncia oferecida pelo Ministério Público Estadual contra o prefeito Lauro Falcão sobre o superfaturamento na compra de um ônibus Volare, foi acatada por unanimidade durante julgamento da 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça da Bahia, nesta quinta-feira (17).
Na semana passada, a mesma Câmara acatou a denúncia, também do MP, referente a irregularidades apontadas na prestação de contas do Feirão realizado no município de Riachão do Jacuipe.
Com as duas decisões, agora o Prefeito Falcão terá contra si dois processos complicados, que serão julgados em sessão especial do Tribunal de Justiça da Bahia, que substitui as antigas sessões especiais do Pleno, realizadas às sextas-feiras, por isso chamadas de “sexta do terror”. Extraído do Jornal Tribuna da Bahia.
Por Alana Peketita (Portal Interior da Bahia)
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