A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) deve anunciar, em cerca de 50 dias, uma ampla reformulação no calendário nacional. O presidente da entidade, Samir Xaud, confirmou que as mudanças vão atingir desde os Estaduais até competições como Série D, Copa do Brasil, Copa do Nordeste e Copa Verde.
Segundo Xaud, o objetivo é adequar o calendário brasileiro à realidade do futebol atual e oferecer melhores condições para clubes de diferentes portes. "O que nós devemos fazer é uma reformação no calendário de praticamente todas as competições que a CBF realiza", afirmou em entrevista ao videocast Toca e Passa, do Globo, que vai ao ar nesta terça-feira (19).
SÉRIE D TERÁ MAIS CLUBES
Outro ponto sensível do calendário é a Série D, que atualmente conta com 64 times. A competição deve ser ampliada para incluir mais clubes e reduzir o número de equipes que ficam sem calendário após os Estaduais. Mesmo com o aumento de participantes, o agrupamento regionalizado será mantido para facilitar a logística.
"Os clubes vão ficar satisfeitos, sim. Eu acho que as federações também irão ficar satisfeitas com o modelo que a gente está pensando e trabalhando em cima", disse Xaud, descartando qualquer chance de criação de uma Série E neste momento. "Em nenhuma fala minha eu falei sobre Série E. As Séries C e D são pagas integralmente pela CBF. Então, particularmente não estou pensando em Série E no momento."
NOVO FORMATO DOS REGIONAIS
Além das competições nacionais, os torneios regionais também passarão por transformações. Tanto a Copa do Nordeste quanto a Copa Verde receberão uma nova formatação, com a meta de aumentar sua atratividade comercial e gerar mais receitas.
ESTADUAIS REDUZIDOS
A única alteração já confirmada pela CBF é a redução dos Estaduais de 16 para 11 datas, válida apenas para os estados com clubes da Série A e B. Nas demais federações, os campeonatos locais poderão ter um período de disputa maior. "Essas 11 datas valem muito mais para as Séries A e B, que têm clubes que participam de campeonatos internacionais, Conmebol etc. As C e D têm uma maleabilidade maior. Então, isso está sendo discutido com os presidentes de federações", explicou o mandatário.
Ele concluiu destacando que o trabalho é de médio prazo: "A reformulação que nós estamos fazendo é para que, daqui a dois anos, a gente se enquadre num modelo onde você vai ter esse respiro dos jogadores, independentemente do aumento de competições internacionais. O modelo que a gente está estudando e que vai ser apresentado é realmente para isso: daqui a dois ou três anos a gente estar com o calendário brasileiro enxuto. Mas vai ser gradual."
Do Portal Bahia Notícias/Foto: Rafael Ribeiro/CBF

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