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quarta-feira, 28 de maio de 2025

Após comentário de Arismário, presidente da Câmara e aliados reforçam apoio ao vereador Higor; pressão sobre o prefeito de Santaluz aumenta

Foto: Reprodução/Redes Sociais

O episódio começou com um vídeo, mas ganhou contornos de crise institucional. Na terça-feira (27), o vereador Higor de Paulo publicou nas redes sociais um desabafo em tom crítico, acusando a gestão do prefeito de Santaluz, Arismário Barbosa Júnior, de se apropriar de indicações e projetos de sua autoria sem o devido reconhecimento. Segundo Higor, sua intenção era esclarecer os fatos e cobrar respeito ao trabalho parlamentar. No entanto, o que parecia ser apenas um desabafo do vereador se transformou num catalisador de uma tensão que já se arrastava nos bastidores.

A reação do prefeito, feita diretamente nos comentários da postagem Higor, surpreendeu pelo tom pessoal. “Quer mesmo que eu fale sobre a oração que fez antes de me trair?”, escreveu Arismário. A frase foi rapidamente interpretada por aliados como um ataque pessoal — algo considerado incomum na liturgia de quem ocupa o Executivo. O comentário, após a repercussão negativa e uma enxurrada de críticas, foi apagado. Mas o gesto de Arismário não passou despercebido. Pelo contrário: escancarou o nível de desgaste dentro da base aliada e deu força a um movimento de reação dentro da Câmara.

A presidente da Casa, vereadora Joseane Lopes — a Jó — foi a primeira a se posicionar publicamente. Em tom firme, declarou: “Infelizmente é isso que temos vivido… quando a intenção é fazer o certo, pensar no coletivo e buscar o melhor para a população, enfrentamos resistência, retaliação e desprezo por parte de quem deveria estar do mesmo lado.”

Jó afirmou que não apenas Higor, mas outros vereadores também têm enfrentado dificuldades com o Executivo, que, segundo ela, ignora proposições legítimas em nome de um jogo político ‘para oportunizar e beneficiar uma minoria’. “Não vamos nos calar diante da injustiça”, escreveu a presidente do Legislativo.

O ex-presidente da Câmara, vereador Sérgio Suzart, também se somou às críticas. Para ele, o prefeito tem demonstrado despreparo para o diálogo. Em sua fala, Sérgio cobrou respeito às divergências e denunciou o uso político das indicações legislativas. “Desde quando pensar diferente virou sinônimo de traição? Quando a liberdade serve para calar, ela já deixou de ser livre”, pontuou.

Na sequência, o vereador Jeová da Serra Branca reforçou o discurso, alertando para o que classificou como tentativa sistemática de silenciar o Legislativo. “É fundamental que a população luzense tenha ciência da postura do gestor, que insiste em tentar calar nossas vozes”, afirmou.

Com parlamentares — incluindo a presidente da Câmara — fazendo críticas abertas e articuladas, o cenário político em Santaluz entra em uma nova fase. A pergunta que se impõe não é mais se há uma crise, mas sim até onde ela pode ir e qual será o impacto para a governabilidade.

O comentário do prefeito, embora apagado, permanece como símbolo da tensão que agora é pública. Segundo relatos de bastidores, há um sentimento crescente de frustração entre vereadores da base, que avaliam a postura de Arismário como punitiva e pouco receptiva ao diálogo.

A Câmara, que nos últimos meses tem demonstrado independência em votações importantes, pode agora evoluir para uma articulação mais consolidada de resistência. Não se trata de oposição formal ou ideológica, mas de um movimento político que nasce da insatisfação com a condução do governo.

A liderança de Arismário, construída com o discurso de diálogo e pacificação, vive seu momento mais delicado. E, na avaliação de aliados e observadores, o próximo passo dependerá menos das redes sociais e mais da disposição do prefeito para reconstruir pontes com sua base.

Até o momento, nem o prefeito Arismário Barbosa Júnior, nem a Prefeitura de Santaluz, se pronunciaram oficialmente sobre o episódio — tampouco explicaram a exclusão do comentário que aumentou a tensão política na cidade. Na avaliação de muitos, o silêncio passou a ser mais revelador do que a própria fala.

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