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quinta-feira, 8 de agosto de 2024

Há 800 milhões de anos o planeta era mais diverso do que teoria clássica previa, aponta estudo brasileiro

Estudo brasileiro revelou que há 800 milhões de anos, antes do supercontinente Pangeia, a Terra era mais diversa do que sugere a teoria clássica. Assim, os pesquisadores  conseguiram criar um cenário com várias linhagens de diferentes espécies habitando o planeta naquele período.

 

O artigo foi divulgado na revista PNAS ( Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America), diferentes linhagens de amebas e de ancestrais de plantas, algas e animais já estavam formados no Neoproterozóico e resistiram aos dois eventos de glaciação que congelaram o planeta.

 

O estudo também revelou que a diversidade de amebas e  ancestrais de plantas, algas, fungos e animais sobreviveram ao Criogeniano, ocorrido entre 790 e 635 milhões de anos atrás. Além disso, contou com dois eventos de glaciação - quando o gelo dos polos cobriu todo o planeta por cerca de 100 milhões de anos, fenômeno conhecido como Terra Bola de Neve.

 

O professor do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (IB-USP) e autor Sênior do Artigo, Daniel José, contou como se deu o processo de desenvolvimento do artigo: 

 

"O paradigma que tínhamos para o Neoproterozoico era de que não havia quase nada no planeta, apenas uma ou outra espécie de bactéria e protista. Porém, nos últimos 15 anos, foram sendo identificados fósseis de seres unicelulares, eucariontes e heterotróficos [que não produzem o próprio alimento] em diversos lugares diferentes do planeta. Esses fósseis datam de cerca de 800 milhões de anos [e são denominados fósseis tonianos]. Tudo isso se junta ao nosso estudo, que reconstituiu a árvore da vida e, por probabilidade, identificou diversas linhagens bem estabelecidas de ancestrais de amebas, animais, fungos e plantas há 800 milhões de anos. Isso muda muito o nosso entendimento sobre como se deu a diversificação da vida na Terra”, contou. 

 

No trabalho, os pesquisadores usaram novas técnicas para a reconstrução da árvore de relações de parentesco(filogenética) das tecamebas (Arcellinida) e, a partir disso, foi equilibrada a árvore da vida, possibilitando identificar seres ancestrais do planeta. 

 

O estudo é uma evolução de um grupo anterior da USP que permitiu estruturar a árvore molecular das tecamebas usado na nova pesquisa brasileira. O trabalho se baseia em uma técnica inovadora denominada single-cell transcriptomics, que permite sequenciar todo o transcriptoma de uma única célula (ser unicelular). O transcriptoma é a parte do genoma que está sendo expressa e o seu sequenciamento permite que os cientistas retrocedam na linhagem evolutiva, identificando espécies que viveram no passado.

 

“A partir dessa ampliação da árvore da vida, foi possível obter descobertas interessantes sobre um período da história do planeta que ainda era muito obscuro. Com a calibração da árvore a partir do estudo filogenético das tecamebas, conseguimos duplicar a quantidade de informação sobre os eucariontes no Neoproterozóico. Nossos dados mostram que é nesse momento que começa a surgir uma diversidade grande de linhagens, uma delas é a dos animais, outra dos fungos e, possivelmente, as plantas”, diz o pesquisador.

 

Antes dessa técnica foi  possível obter o transcriptoma de seres vivos unicelulares que vivem em cultura, ou seja, menos de 1% da diversidade dos microrganismos. Foi a partir dessa inovação que  conseguiu-se estruturar a filogenia do grupo das tecamebas como um todo.


Do Portal Bahia Notícias/Foto: Luana Morais e João Alcino


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