Cientistas espaciais da Universidade de Utah, nos Estados Unidos (EUA), detectaram uma partícula de raio cósmico, extremamente raro e de energia ultra-alta que eles acreditam ter viajado para a Terra vinda de fora da Via Láctea. Os pesquisadores ainda estão trabalhando para entender se é um sinal de ETs, algo relacionados a buracos negro ou um fenômeno totalmente novo.
Segundo a CNN, os raios cósmicos são partículas carregadas que viajam pelo espaço e chovem constantemente na Terra. Os de baixa energia podem vir do sol, mas os de energia extremamente alta são excepcionais. Por isso, é possível que tenha partido de outra galáxia e demorado séculos para chegar aqui.
“Se você estender a mão, um (raio cósmico) passa pela palma da sua mão a cada segundo, mas essas são coisas de baixa energia. Porém, quando se trata desses raios cósmicos de alta energia, é mais como um por quilômetro quadrado por século. Nunca vai passar pela sua mão.””, disse o coautor do estudo John Matthews, professor pesquisador da Universidade de Utah.
Até hoje, as origens exatas destas partículas de alta energia ainda não são claras. Acredita-se que estejam relacionados com os fenómenos mais energéticos do Universo, como os que envolvem buracos negros, explosões de raios gama e núcleos galácticos ativos, mas os maiores já descobertos até agora parecem surgir de espaços aparentemente vazios, sem nenhum registro de fenômeno celeste.
Ainda conforme a reportagem, tudo começou numa tentativa de rastreio desses raios cósmicos de alta energia. Assim, foi descoberta essa nova configuração, apelidada de partícula Amaterasu (em homenagem à deusa do sol na mitologia japonesa). A partícula foi avistada por um observatório de raios cósmicos no deserto oeste de Utah, conhecido como Telescope Array.
O equipamento observou mais de 30 raios cósmicos de ultra-alta energia, mas nenhum maior do que a partícula Amaterasu. O evento acionou 23 dos detectores de superfície, com uma energia calculada de cerca de 244 exa-elétron-volts. A “partícula Oh My God” (ai meu Deus, em tradução livre) detectada há mais de 30 anos, tinha 320 exa-elétron-volts.
"As condições exigidas [para que esse evento aconteça] são realmente excepcionais, por isso as fontes são muito, muito raras, e as partículas são dissipadas no vasto universo, então as chances de uma delas atingir a Terra são mínimas”, disse Farrar, que não esteve envolvido no estudo, via e-mail.
A atmosfera protege amplamente os humanos de quaisquer efeitos nocivos das partículas, embora os raios cósmicos às vezes causem falhas no computador. As partículas, e a radiação espacial de forma mais ampla, representam um risco maior para os astronautas, com potencial para causar danos estruturais ao DNA e alterar muitos processos celulares, segundo a NASA.
Do Portal Bahia Notícias/Foto: ilustrativa/Pexels
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