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quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Reeleição é uma chaga em nosso país, critica Marina

Estadão Conteúdo - (Foto: Agência Estado)
A candidata à Presidência Marina Silva (PSB) comentou nesta quarta-feira a denúncia feita por reportagem publicada hoje no jornal O Estado de S. Paulo, de que dirigentes dos Correios afirmaram que a presidente Dilma Rousseff (PT) avançou nas pesquisas pelo trabalho de apoio feito pela estatal à campanha petista em Minas Gerais. 

Marina disse que o caso é reflexo do sistema de reeleição, que considera "uma chaga neste País". "A reeleição começou de forma errada, com compra de votos, inaugurando o mensalão no Congresso Nacional", disse a ex-ministra em referência à denúncia de compra de voto para aprovar a emenda da reeleição no governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB).
Marina repetiu que ela e sua coligação são contra a reeleição por ser um sistema que consideram gerar o aparelhamento do Estado e uso político das instituições públicas, como pode ter sido o caso dos Correios. "Esse tipo de prática deve ser condenado pela sociedade e, principalmente pela Justiça Eleitoral", afirmou. Na coletiva realizada após visita à comunidade de Paraisópolis, na zona sul de São Paulo, Marina também rebateu as acusações recentes da adversária petista.
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Dilma disse ontem que Marina tem "desvio de caráter" por ter mentido sobre a forma que votou em relação à CPMF enquanto senadora. "Falta de caráter é vir a uma comunidade como essa e prometer um hospital e não cumprir depois de quatro anos. Isso sim é mentira", disse a candidata ressaltando uma reclamação da comunidade de Paraisópolis quanto à promessa não cumprida pela presidente Dilma.
A campanha de Dilma também acusou Marina de andar com "gente da ditadura", em referência ao apoio de Marina ao candidato ao Senado em Santa Catarina Paulo Bornhausen - filho de Jorge Bornhausen, que foi da Arena, partido de sustentação da ditadura. A propaganda também usa imagem de Heráclito Fortes, hoje candidato a deputado federal no Piauí, mas que foi do PFL e que agora "marinou". "As companhias que a presidente tem, com (Fernando) Collor, (José) Sarney, (Paulo) Maluf, Renan Calheiros, Jader Barbalho, essa sim é a verdadeira contradição, a contradição mais profunda que nós podemos encontrar na trajetória de pessoas que deveriam estar honrando essa trajetória", afirmou Marina.
Do Yahoo - Por Ana Fernandes e Isadora Peron | Estadão Conteúdo

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