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sábado, 1 de outubro de 2011

Estudante assassinada por professor de Direito em Brasília era filha da Paraíba


Familiares da estudante de Direito do UniCeub, Suênia Sousa Faria, 24 anos, natural de Sobral, na Paraíba, morta a tiros por um professor nesta sexta-feira (30) aguardam a liberação do corpo no Instituto de Medicina Legal (IML), em Brasília.

Quatro irmãos, o marido e um casal de amigos permanecem no local. A previsão era que o corpo de Suênia Sousa Faria, 24 anos, fosse liberado por volta das 13h deste sábado. A jovem deve ser enterrada no cemitério de Taguatinga neste domingo (2).

Suênia foi morta com dois tiros na cabeça e um no tórax, disparados pelo professor de Direito Rendrik Vieira Rodrigues, 35 anos, pouco depois de sair da faculdade, por volta das 13h30 desta sexta-feira. Rendrik já está preso.

Segundo depoimento de familiares, a moça se envolveu com Rendrik por um período de dois meses em que esteve separada do marido. Há três meses ela reatou o casamento e passou a receber ameaças do professor, que não aceitou o fim do relacionamento.

A jovem, que era aluna do 7º semestre do curso de Direito no UniCeub, foi surpreendida por Rendrik quando entrava no carro para deixar a faculdade, na Asa Norte, por volta das 14h30.

Professor pode ser impedido de advogar

O professor e advogado Rendrik Vieira Rodrigues, 35, que matou a ex-namorada e ex-aluna Suênia Sousa Faria, vai enfrentar processo ético-disciplinar e pode ser impedido de advogar, segundo nota divulgada neste sábado pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) do Distrito Federal.

"O Tribunal de Ética e Disciplina da OAB-DF instaurará na próxima segunda-feira processo ético-disciplinar contra o advogado Rendrik Vieira Rodrigues, por ser ele acusado do crime. Poderá vir a ser suspenso preventivamente e impedido de exercer a profissão", diz o texto.

Rendrik foi demitido das duas instituições de ensino às quais era ligado. Tanto a UniCeub (Centro Universitário de Brasília), onde era professor de Direito, quanto a Faculdade Projeção, onde era coordenador do curso de Direito, informaram neste sábado que ele foi desligado dos seus quadros.

Como foi o crime
Nesta sexta, o professor abordou Suênia na saída da sua aula na faculdade, às 14h, e, armado com uma pistola 380, forçou a entrada no carro que a estudante dirigia. Ela chegou a ligar para o atual namorado, com a voz nervosa, dizendo que reataria o relacionamento com o professor.

Mas o namorado estranhou e registrou um boletim de ocorrência na 12ª Delegacia de Polícia, na cidade-satélite de Taguatinga. Enquanto isso, dentro do carro, o professor e Suênia se desentenderam. Durante a discussão, ele deu dois tiros na cabeça e um no tórax da vítima.

Desorientado, o professor rodou por cerca de 40 minutos com Suênia já morta e resolveu se entregar à polícia. "Ele chegou e disse para o delegado de plantão que tinha atirado em uma pessoa. Ao ser questionado se a vítima tinha morrido, disse que ela estava dentro do carro. Suênia estava coberta com o paletó dele", disse Nogueira.

Com informações da Folha de São Paulo e o site Wscom (Paraíba).

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