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sexta-feira, 23 de novembro de 2018

Marceneiro é inocentado após ser acusado de roubar R$ 50 e ficar preso seis meses em SP: ‘Tristeza’

Marceneiro passeia de bicicleta com a família após ser solto em Praia Grande, SP | Foto: Arquivo Pessoal
Marceneiro passeia de bicicleta com a família após ser solto em Praia Grande, SP | Foto: Arquivo Pessoal
O marceneiro Nelson Neves Souza Junior, de 29 anos, foi inocentado da participação em um assalto após ficar quase seis meses preso em Praia Grande, no litoral de São Paulo. Ele era suspeito de roubar R$ 50 de um correntista em uma agência bancária, mas acabou absolvido pela Justiça ao provar que estava trabalhando. O crime ocorreu em junho de 2014, mas não houve flagrante. 

Segundo o advogado Erico Lafranchi, que defendeu o marceneiro no caso, a vítima identificou um dos suspeitos em um álbum fotográfico na delegacia. O inquérito foi finalizado sem a indicação do comparsa e apresentado ao Ministério Público, indicando Nelson como um dos autores do crime. Ele foi denunciado e a Justiça decidiu pela prisão preventiva (por tempo indeterminado) dele. 

O mandado foi cumprido por policiais civis, que o encontraram em casa, às vésperas do natal em 2017. “Eu acreditava que tudo não passava de um mal entendido. Não era possível. Eu falei para minha mulher que voltava logo, pois acreditava que iria esclarecer tudo na delegacia, mas eu demorei quase seis meses para voltar. Quando eu fui algemado, eu não acreditei. Perdi o nascimento do meu filho mais novo em janeiro”, lembra o marceneiro. 

Nelson foi encaminhado à Cadeia Pública e depois levado ao Centro de Detenção Provisória (CDP), localizado na mesma cidade onde mora. “Acabou com o meu chão. Nunca tinha pisado numa cadeia e minha família sempre esteve no lado certo. Moramos em comunidade, mas não somos do crime. Não tenho um histórico de nada errado”, diz. 

O processo que o acusava consta como extinto pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. O mesmo advogado que o defendeu vai entrar com uma ação por danos morais contra o Estado. “Além de perder o nascimento do filho, ele perdeu o emprego e a vida que tinha. Isso precisa ser reparado”, finaliza Lafranchi.

Do Portal NS/Fonte: G1 Santos

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