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terça-feira, 19 de julho de 2022

‘Tem Cabaré essa Noite’🎵 Música de 2019 viraliza após ficar ‘esquecida’ e leva lambada de volta às paradas

Foto: Divulgação

Versão de uma música de Prince Royce, aposta que não deu certo na voz do compositor brasileiro, virou um hit viral e está fazendo a lambada voltar às paradas brasileiras. Tudo isso pode ser usado para definir “Tem Cabaré Essa Noite”.

A música está bombando desde o São João de 2022, quando o cearense Nattan acrescentou um “Ui ai” no refrão da versão gravada pelo baiano Nivaldo Marques. O trecho pegou nas redes sociais e aí já viu.

Mas nos bastidores, a noite no cabaré foi longa… Até estourar de vez, são idas e vindas que podem ser contadas em cinco tempos:

Criada como bachata

A melodia original de “Tem Cabaré essa Noite” vem da música “Te Robaré”, uma bachata de Prince Royce, lançada em 2013 no álbum “Soy El Mismo”.

O cantor nasceu nos Estados Unidos, mas os pais são da República Dominicana. Há 12 anos, Prince Royce surgiu como cantor de reggaeton e bachata com um álbum homônimo.

Na letra, um amor intenso e proibido motiva uma fuga, por isso o “te robaré esta noche” do refrão, que virou “Tem Cabaré essa Noite” na versão brasileira.

A música é um hit da carreira de Royce com mais de 186 milhões de visualizações só no Youtube.

Arrochada na Bahia

Era um dia de composição como outro qualquer para Flavinho Kadet em Goiânia em março de 2019. Ele estava com os amigos em um estúdio, quando a música “Te Robaré” ficou no repeat por uma tarde inteira.

O compositor baiano de sete músicas do DVD “Manifesto”, de Henrique e Juliano, incluindo o hit “Arranhão”, deitou para dormir pensando nela e não deu outra… em 15 minutos escreveu a versão brasileira.

O objetivo de Kadet era gravar no projeto de arrocha que ele tocava com um amigo, na dupla Guto e Flavinho. No dia seguinte, a música foi gravada e em pouco tempo entrou nas rádios de Salvador, mas não foi suficiente para manter o projeto de pé.

Ele até tinha começado o trâmite para conseguir autorização para gravar a música como versão, mas, com o fim da dupla desistiu poucos meses depois, deixou “Tem Cabaré essa Noite” de lado.

“Em 15 minutos ela ficou pronta. Cássio Sampaio, meu amigo que fez aquela ‘Balada Boa’, do Gusttavo Lima fez nesse tempo também. Todo mundo fala música de 15 são as melhores, que vem rápido, escorre da cabeça e você vai anotando”, diz Flavinho ao g1.

Lambada entra no jogo

O cantor baiano Nivaldo Marques estava em casa quando ouviu “Tem Cabaré essa Noite” na rádio pela primeira vez. Ele gostou de cara por conta do refrão repetitivo.

“Eu senti que ela ia bater porque ela é uma música chiclete, música de balada, de quem tá curtindo, de quem está extravasando, de quem está namorando”, lembra ele em entrevista ao g1.

Por coincidência, o empresário de Nivaldo, Igor Serra Preta, era amigo de Kadet e comprou o direito de exclusividade da música por um “preço simbólico”, segundo o compositor.

“Uma exclusividade de uma música é R$ 15 mil, uma liberação R$ 5 mil. Foi abaixo disso, por isso que eu falo simbólico”, explica Flavinho sem abrir o valor exato da negociação.

A música começou a virar justamente quando foi para lambada, gênero que Nivaldo defende há 8 anos. O cantor de Nazaré das Farinhas, na Bahia, é conhecido como “Rei do Lambadão” e tem Beto Barbosa como referência.

Nivaldo viu no gênero uma possibilidade de fazer diferentes dos demais grupos de arrocha de Salvador, mas encontrou resistência no começo. “Já fui rejeitado de casa de show, já teve de público rejeitar também, mas eu falei ‘vou até o fim e Deus proverás'”.

Requentada via meme

Nivaldo gravou “Tem Cabaré essa Noite” em 2019 pela primeira vez, e depois lançou de novo em 2021, quando os eventos voltaram a acontecer após meses de pandemia.

Foi quando a música começou a acontecer após influenciadores como Carlinhos Maia e Cristian Bell repostarem fazendo brincadeiras. Depois, Tirullipa, Gkay e Rafael Cunha também entraram na onda.

Ela ficou mais curta que a versão de Flavinho, mas, para o compositor, a mudança para lambada foi fundamental para o sucesso. “Se eu continuasse tocando em arrocha, poderia passar dez anos que acho que ela não ia virar”.

“Na minha mente quem vai beber vai curtir, quem vai sair para comer água vai curtir, quem vai sair para procurar mulher na rua vai curtir. É uma música para bater para todos os gostos só não para quem está cabisbaixo. Para quem está feliz da vida, ela bate certo. O que eu pensei foi isso”, justifica Nivaldo.

O cantor trabalhou por muitos anos em barzinho, mas se encontrou na lambada. “Não é porque estou no sucesso hoje, mas é uma parada que eu me sinto bem, sei desenrolar no gênero da lambada, meu tempo bate certo”.

Com a exclusividade da música na mão, Nivaldo foi procurado e chegou a gravar um feat com Wallas Arrais que até que foi bem nos streamings também, mas a virada veio mesmo no São João com outro forrozeiro…

‘Ui, Ai’ viralizou

Nattan é um dos novos nomes forró que começou a fazer sucesso durante a pandemia. Extrovertido e brincalhão, ele fez 40 shows no primeiro ano com a agenda aberta nas festas juninas do Nordeste.

No show realizado em Capela, em Sergipe, o cantor percebeu a força de “Tem Cabaré Essa Noite”. Ele cantava em um trio elétrico quando viu que a brincadeira de falar “Ui, ai”, no refrão, tinha pegado.

A música era mesma de Nivaldo, também em lambada, mas cantar essas duas palavras estava fazendo a diferença, não só no show, como nas redes sociais. Desde então, são inúmeros os vídeos de gente falando que vai para a farra, mulheres brigando com os maridos saidinhos e por aí vai.

“Foi espontâneo demais e rolou na hora que estava gravando no estúdio. Achei essa música muito sensual, com essa levada, essa malemolência, sabe?, diz Nattan ao g1.

“Coloquei sem pretensão, mas quando eu vi que aquilo ali começou a pegar… Eu disse ‘Nossa, isso aqui é o rumo, isso aqui é o caminho’, então a gente começou a bater nisso”.

O clipe da música com Nattan e Nivaldo saiu na quinta (14) e já tem mais de 2,4 milhões visualizações no YouTube. No Spotify, a música estava em 26º lugar entre as 50 músicas mais tocadas do Brasil na segunda (18).

Além do sucesso na internet, “Tem Cabaré essa Noite” entrou no repertório dos cantores de forró e sertanejo com força. Gusttavo Lima, Leonardo, Bruno e Marrone e João Gomes estão entre os artistas que cantaram a música em shows recentes.

Ponta solta nos direitos autorais

As versões de músicas internacionais não são novidade no forró. Calcinha Preta e Limão com Mel, por exemplo, gravaram versões de muito sucesso nos anos 90.

Mas recentemente nos streamings, os donos das músicas têm ficado mais atentos aos grandes hits, como James Blunt em “Coração Cachorro”, do Avine Vinny e Matheus Fernandes e Bon Jovi em “No ouvidinho”, do Felipe Amorim.

Depois que a música estourou, o cantor inglês acionou os artistas e, em um acordo amigável, os brasileiros cederam 20% dos direitos autorais por conta da inspiração em “Same Mistake”, hit de Blunt, no “Auuuuu”.

Atualmente, Flavinho Kadet aparece como o único compositor de “Tem Cabaré essa Noite”, sem qualquer menção aos três autores de “Te Robaré”, mas isso deve mudar.

O compositor baiano afirmou ao g1 que congelou o valor que recebeu pela música desde 2019 e que vai passar para os compositores da música de Prince Royce quando o acordo for feito.

Kadet não vai nem tentar, à princípio, a porcentagem de 16,66% de versionista que teria direito se a versão for autorizada. Ele também não quer receber mais do empresário de Nivaldo Marques depois que a música explodiu.

“Tenho ‘Arranhão’, ‘Erro Planejado’, ‘Despedida de Casal’, ‘Até a Próxima Vida’, tudo no Top 200 do Spotify. Então o que vier para mim é lucro, eu já recebo das minhas próprias músicas”, enumera os hits do currículo.

Ele diz que desde o começo o objetivo era fazer a dupla de arrocha bombar e ganhar com os shows, não com possíveis direitos autorais de uma versão.

“Agora que está tocando bastante, eu mantenho o mesmo pensamento. Era uma música que ficou esquecida, mas o Nivaldo apostou nela e estourou. Mérito todo dele”, finaliza Kadet.

Do Portal NS

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