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sábado, 29 de janeiro de 2022

Transexuais baianos falam de conquistas e representatividade no Dia da Visibilidade trans: ‘só quero que me respeitem’

Tuka Perez, de 38 anos, e Aladdin Andrade, de 21 | Foto: Arte g1

“Quando recebi minha certidão [de nascimento] foi como se estivesse renascendo”, relembra a assessora parlamentar Tuka Perez, de 38 anos, de quando retificou o nome em 2019. Neste sábado (29), Dia da Visibilidade Trans, Tuka e o estudante de letras Aladdin Andrade, de 21 anos, conversaram com o g1 e recordaram as conquistas, desafios, além de destacarem a importância da representatividade.

Aos 38 anos, Tuka Perez conta como foi difícil sua trajetória, entre diversas áreas, a profissional.

“Com 29 anos tive minha primeira oportunidade de emprego: fui convidada a trabalhar em uma campanha política e, com a vitória dele [vereador] em 2013, fui chamada para ser a primeira assessora trans da Bahia”, relembra emocionada.

“Eu defendo uma bandeira. Conseguir esse trabalho foi minha conquista. Quando cheguei [na Câmara] ele exigiu que meu nome no crachá fosse Tuka Perez”.

Em 2014, a assessora deu entrada na Defensoria Pública do Estado da Bahia (DPE-BA) para conseguir a retificação do nome na certidão de nascimento.

“Foi uma nova fase na nossa vida, muito gratificante ter aquele papel e olhar para todo mundo e dizer eu consegui. Sou muito grata por essa conquista, de poder estar nos espaços como Tuka Perez, é um direito de toda nós”, destaca sobre a retificação na certidão.

Tuka ainda lembra da complicação do processo da alteração do nome pois, além da exigência de laudo médico, eram realizadas audiências na área judicial.

“Em 2019 a DPE-BA fez o I Mutirão de Adequação de Nome e Gênero aqui em Salvador, na Estação da Lapa. Eu dei entrada novamente e, como meu nome já estava no sistema, foi mais fácil, porque eu já tentava há anos retificar meu nome”, detalha.

Quem também passou pelo processo de retificação foi o estudante de letras Aladdin Andrade, de 21 anos.

“Quando peguei a certidão fiquei muito feliz, ficava olhando toda hora para ela. É uma sensação de paz, de realização. Queimei os documentos velhos, agora não tenho que me prenda àquele gênero que me foi imposto no nascimento”, contou aliviado.

O estudante disse que “durante a vida toda percebia que não pertencia à cisgeneridade” – condição da pessoa cuja identidade de gênero corresponde ao gênero que lhe foi atribuído no nascimento.

No entanto, aos 19 anos, ele conheceu o termo transgênero e desde então entendeu que a forma como ele se identificava tinha um nome.

Conquistas, visibilidade e representatividade

Entre as conquistas alcançadas pela comunidade LGBTQIA+, Tuka acredita que o direito ao nome social é uma das principais.

“Tem muitas meninas que já se foram e não viveram esse momento histórico de poder ser tratada pelo nome social. É triste quando vejo muitas das minhas amigas que são brutalmente assassinadas são tratadas com o gênero masculino na hora do funeral, a família não respeita e coloca o nome de nascimento. Eu questiono: ‘por que colocar o nome masculino se era uma mulher trans?'”, diza assessora.

Segundo Tuka, o Dia da Visibilidade é de extrema importância para as pessoas trans, no entanto, é preciso ter visibilidade nos 365 dias do ano.

“Não quero que ninguém me aceite, só quero que me respeitem”, afirma.

Para Aladdin, a maior conquista também foi a retificação de nome, no entanto, ele pontua que o fato da transexualidade ter saído da lista de doenças da Organização Mundial da Saúde (OMS) também foi muito importante.

“É importante que se tenha um dia votado para a visibilidade, porque o Brasil é o país que mais mata pessoas trans”, pontua.

Do Portal NS/Fonte: g1 BA

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