O grupo de deputados federais do DEM no WhatsApp entrou em ebulição após o parlamentar baiano Elmar Nascimento mandar uma indireta ao atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (RJ).
De acordo com o Estadão, Elmar disse que foi "traído inexplicavelmente" por quem considerava "seu melhor amigo". O desabafo veio após declarações públicas em que Maia afirma que Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) e Baleia Rossi (MDB-SP) são os principais nomes em análise dentro do seu grupo para a presidência da Casa.
"Apesar de tudo isso (apoios que Elmar havia costurado com diferentes partidos), meu nome vem sendo 'estranhamente' relegado. Fui traído inexplicavelmente por quem eu considerava meu melhor amigo. Quem eu mais confiava. Quem eu mais acreditava. Quem sempre segui cegamente em tudo", escreveu Elmar, no grupo de WhatsApp.
Segundo o jornal O Globo, quando procurado, o deputado pela Bahia disse que só vai tratar de política “quando sair do hospital”. Atualmente, ele está internado se tratando da Covid-19.
Colega de Elmar, Arthur Maia (DEM-BA) disse que o assunto está sendo longe de ser superado e afirmou que a condução de Rodrigo Maia é “lamentável”. "Com todo respeito ao líder, o assunto está apenas começando. A bancada do DEM e eu jamais fomos chamados para discutir o nome à presidência da Câmara. E o sentimento da bancada, que me parece majoritário, é o de não acompanhar o indicado do Rodrigo Maia. Se o nome não for o do Elmar, e sem discutir no partido, não há a menor chance de apoio majoritário da bancada do DEM. A condução do Rodrigo tem sido lastimável. Ele pensou o tempo inteiro na própria reeleição, e, até agora, não temos nenhum candidato. Não vai ser um nome que Rodrigo tirar do paletó que vai se tornar consenso no DEM ", disse.
O principal adversário do bloco do atual presidente da Casa é o candidato Arthur Lira (PP-AL), que tem o apoio do presidente Jair Bolsonaro.
Mesmo com a pré-candidatura de Elmar, o prefeito de Salvador e presidente nacional do DEM, ACM Neto, afirmou que o partido deve reunir os esforços para a eleição no Senado (leia mais aqui).
Do Portal Bahia Notícias
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