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terça-feira, 10 de março de 2020

Petrobras vende quatro campos terrestres na Bahia; Sindipetro se manifesta contra

Petrobras vende quatro campos terrestres na Bahia; Sindipetro se manifesta contra
Foto: Reprodução
A Petrobras assinou, nesta segunda-feira (9), a venda de 100% da sua participação em quatro campos terrestres localizados na Bacia de Tucano, no interior da Bahia. A empresa brasileira Eagle Exploração de Óleo e Gás Ltda. pagou US$ 3,01 milhões, aproximadamente R$ 13,97 milhões.

Os campos envolvidos na transação são Conceição, Quererá, Fazenda Matinha e Fazenda Santa Rosa, localizados a cerca de 110 quilômetros de Salvador, entre Alagoinhas, Sátiro Dias e Biritinga. Tais unidades produziam apenas gás.

"Essa operação está alinhada à otimização do portfólio e à melhoria de alocação do capital da companhia, visando à maximização de valor para os nossos acionistas", justificou a Petrobras, em nota.

O Bahia Notícias entrou em contato com o Sindicato dos Petroleiros da Bahia (Sindipetro), que se manifestou contra a venda dos campos. “Nós somos radicalmente contra a venda de qualquer ativo da Petrobras. Desde os ativos mais relevantes até unidades dos chamados campos marginais. Ou campos pequenos, que é o caso desses quatro campos”, disse Radiovaldo Costa, diretor de comunicação do sindicato.

“Entregar campos, mesmo os que não são relevantes do ponto de vista da produção, é uma ameaça para que unidades mais importantes também sejam vendidas. Então a nossa posição é muito clara: somos contra a venda de qualquer unidade da Petrobras, seja ela qual for e qualquer subsidiária também”, completou Radiovaldo.

Por outro lado, o diretor do Sindipetro minimizou a possibilidade da venda impactar diretamente na classe. “Esses campos têm o que chamamos de ação remota. Eles não têm trabalhadores fixos. São trabalhadores de outros campos, que, remotamente, vão dar algum tipo de assistência ou manutenção quando necessário. Do ponto de vista do trabalhador, da questão do emprego, diretamente, impacto é zero”, avaliou.

“A nova empresa, a gente vai acompanhar, porque o nosso sindicato representa trabalhadores da indústria do petróleo como um todo e nos interessa acompanhar as pretensões dela do ponto de vista da contratação de novos trabalhadores”, finalizou Radiovaldo.

Do Portal Bahia Notícias/por Mauricio Leiro / Lula Bonfim

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