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segunda-feira, 9 de abril de 2018

Durante janela partidária, 59 deputados federais mudam de partido

A busca por uma reeleição mais fácil para a Câmara dos Deputados levou 59 deputados a aproveitarem a janela partidária, que se encerrou às 22h, da última sexta-feira, para trocarem de partido. 
Todos com o mesmo objetivo: a vitória nas urnas num embaralhado cenário eleitoral, com quase duas dezenas de candidatos à Presidência. DEM, PP, Podemos e PSL foram as siglas que se tornaram mais atrativas para deputados insatisfeitos em suas agremiações.
O PSL, sigla escolhida pelo pré-candidato Jair Bolsonaro, recebeu um número significativo de deputados. Antes nanico, com apenas um deputado eleito no último pleito, o PSL ganhou nove deputados, todos na esteira do ex-capitão do Exército. Além de apostar na popularidade do presidenciável, os novos deputados do PSL, que incluem integrantes da bancada da bala, demonstram forte ligação ideológica com Bolsonaro, que conta com 5,2 milhões de seguidores no Facebook e está em segundo lugar nas intenções de voto para o Planalto, atrás apenas de Lula.
O Podemos (antigo PTN) também começou esta legislatura como um partido irrelevante, com quatro deputados na bancada. Durante a janela partidária, conseguiu convencer sete deputados a se filiarem, fechando uma bancada de 20 deputados. A candidatura presidencial do senador Álvaro Dias foi um chamariz — especialmente para parlamentares do Sul. Embora nacionalmente Álvaro Dias conte com cerca de 5% das intenções, no Sul ele chega a 18%.
DEM aumenta de tamanho
No DEM, que vai dobrar de tamanho ao fim da janela partidária, totalizando 41 deputados, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, foi o fator de atração de 12 deputados. Cabe a Maia escolher temas que serão pautados para votação na casa, decidir comissões a serem instaladas, além de estar à frente das nomeações para as principais relatorias.
O PP, que deverá ficar com a terceira maior bancada, conseguiu atrair deputados oferecendo a eles quase o teto permitido pela nova lei eleitoral para o financiamento de campanhas: R$ 2 milhões para cada candidato à reeleição – o máximo é R$ 2,5 milhões. Em 2014, a sigla elegeu a quarta maior bancada, dando a ela significativo tempo de TV. Assim, o partido se posiciona bem para ser cobiçado em alianças pelos candidatos à Presidência de centro-direita.
Enfraquecido por denúncias de corrupção, o presidente Michel Temer não conseguiu fortalecer o PMDB, que perdeu seis deputados. Já o PSDB perdeu três deputados e ganhou dois. Seu candidato a presidente, Geraldo Alckmin, não decolou nas pesquisas de intenções de voto. (Informações da Agencia Estado).
Do Portal Interior da Bahia

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