Stoliar foi um dos jornalistas detidos em Maracaibo | Foto: Reprodução / Twitter
Detidos no sábado (11) pelo Serviço de Inteligência venezuelano no estado de Zulia, no norte do país, os jornalistas Leandro Stoliar e Gilson Souza, da rede Record, foram libertados no início da madrugada deste domingo (12), segundo informações do portal UOL.
A dupla estava investigando denúncias de suborno por parte da Odebrecht no país, envolvendo a construção da de uma ponte na cidade de Maracaibo. Também foram detidos os ativistas José Urbina e María Jose Túa, coordenadores na cidade de Maracaibo da ONG Transparencia Venezuelana, que acompanhavam os repórteres.
Os quatro estavam gravando imagens da chamada ponte de Nigale, que foi prometida em 2005 pelo então presidente Hugo Chávez, morto em 2013, e não concluída até hoje. A estrutura funcionaria como uma alternativa para a passagem de veículos sobre o Lago de Maracaibo.
Em nota, a Associação Brasileira de Rádio e Televisão afirma que todo o material produzido pela equipe de reportagem foi apreendido. A entidade ainda apontou a ação do governo venezuelano como algo condizente com "regimes ditatoriais que não aceitam o livre exercício da imprensa e temem a verdade".
De acordo com a assessoria de imprensa da Record, Stoliar e Souza devem ser encaminhado ainda neste domingo (12) para Caracas em um voo da polícia, de onde viajam de volta para o Brasil. Ambos passam bem e devem chegar na segunda-feira (13).
Ainda não há detalhes sobre o que ocorreu durante a detenção e não foi confirmado se os equipamentos dos profissionais, recolhidos no momento da prisão, foram devolvidos. O Ministério de Relações Exteriores afirma que foi notificado das detenções pela emissora, e não pelo governo venezuelano.
Do Portal Bahia Notícias
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