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quinta-feira, 9 de junho de 2016

Preço do feijão carioca dispara e assusta consumidor

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Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil
O preço do feijão bateu recorde de preço nos últimos meses e tomou conta dos noticiários nos últimos dias. Em um ano a valorização foi de 75% e 29%, quando os produtores recebiam até R$ 119,20 no carioca e R$ 110,51 no feijão preto. Somente em 2016, o incremento chegou a 15% e 17%, respectivamente, enquanto que a média da inflação geral acumulada de janeiro a abril foi de 3,25%. 
Os dados são do Departamento de Economia Rural (Deral). Segundo o Centro de Inteligência do Feijão (CIF), o motivo é a quebra da safra na maior parte dos estados produtores de feijão e o prognóstico é de contínua alta até, pelo menos, meados de julho. A pergunta que todos estão fazendo agora é: Qual será o limite de preço para o feijão carioca? Há regiões em que o preço do quilo já ultrapassa os R$ 8 ou 9,00.
De acordo com o presidente do Instituto Brasileiro do Feijão e Pulses (Ibrafe), Marcelo Lüders, o mercado de feijão carioca está desabastecido e deve seguir assim no curto prazo. “Nós teremos um vácuo de oferta nos próximos 30 dias. Até o final do ano os preços devem continuar altos. Teremos alguns momentos em que as cotações podem cair um pouco, mas logo teremos novas supervalorizações”, diz. Para Lüders, os consumidores precisam buscar alternativas neste momento. “Noventa por cento da população consome feijão duas vezes por semana. Ainda temos oferta de feijão preto que vem 100% da Argentina. Também temos o feijão fradinho, por exemplo. Vai ser preciso diversificar”, comenta.
Ainda que o preço tenha sofrido forte reajuste nos últimos dias, conforme o analista de mercado Auro Nagay, alguns produtores que possuem feijão colhido ainda estão aguardando para ver até onde chegam os preços. Os altos preços do feijão ainda não refletiram no bolso do consumidor, o que deve acontecer, somente a partir do final de junho. “É provável que o quilo do feijão chegue a R$ 10 para o consumidor. Acredito que, por causa desse preço, o consumo diminuirá e, dessa forma, não faltará feijão no mercado, mesmo com essa quebra na produção dos principais estados produtores”, analisa Nagay.
Segundo o Ministério da Agricultura, o Brasil é o maior produtor mundial de feijão com produção média anual de 3,5 milhões de toneladas. Típico produto da alimentação brasileira é cultivado por pequenos e grandes produtores em todas as regiões. Os maiores são Paraná e Minas Gerais.
Redação Notícias de Santaluz

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