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terça-feira, 10 de março de 2015

Governo de SP pune Palmeiras por protesto anti-Dilma

Ninguém merece jogar futebol profissional às 11h de um domingo de verão. O desgaste dos atletas é maior, a presença do público é menor e a desvalorização do espetáculo como um todo é notória. 
Mas o governo de São Paulo e a FPF (Federação Paulista de Futebol) não dão a mínima para isso. Por isso atiraram Palmeiras e XV de Piracicaba nesse horário inglório.
A desculpa é esfarrapada: a Polícia Militar com mais homens no Brasil é incapaz de lidar ao mesmo tempo com um jogo de futebol de potencial mediano na zona oeste e manifestações no centro contra a presidente Dilma Rousseff, para a qual irão sabe-se lá quantas pessoas. Marcar jogos matutinos, salvo engano, nunca serviu para poupar a PM de trabalho.
Nos anos 90 esse horário foi usado raras vezes para tentar levar mais famílias aos estádios. A iniciativa fracassou. No começo dos anos 2000 houve também outras partidas nessa faixa. Mas os jogadores reclamaram porque seu desempenho piorava por falta de costume e excesso de calor. Obviamente a opinião deles pouco importou aos nossos cartolas.
Vale lembrar, sem lidar com o mérito dos protestos, que a decisão da FPF amplia o fosso entre o Palácio do Planalto e a CBF de Marco Polo del Nero, aquele que também controla a federação paulista. Na Copa do Mundo a presidente já evitava ser fotografada ao lado de dirigentes como ele. Agora, a rusga é ainda maior. Neste domingo, o azar é do Palmeiras. 

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