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segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Filme 'A Cor do Trabalho' é lançado com o teatro da Uneb superlotado; emoção e lágrimas sintetizaram a noite

Foi lançado na última sexta-feira (12), no Teatro da Uneb, em Salvador, o filme “A Cor do Trabalho”, que tem a direção de Antônio Olavo. O espaço ficou superlotado, com o público ocupando todas as 469 cadeiras, e com mais cerca de 150 pessoas, que se aglomeraram nos corredores e nos fundos do teatro.

Com 74 minutos de duração, “A Cor do Trabalho” registra como a união entre a solidariedade e o trabalho constituiu uma força com o poder de transformar históriae vidas da população negra na Bahia, positivando suas vivências, superando as adversidades, servindo de exemplos e referências para as gerações posteriores.
Como era esperado, do inicio ao fim da exibição do documentário, a plateia se manteve em concentração absoluta. Contudo, com a carga de emoção inserida na proposta do filme, as lágrimas derramadas por alguns depoentes contagiaram a todos.

Com um público formado por professores universitários, estudantes, artistas, políticos e empresários de várias áreas, o lançamento do documentário se constituiu numa noite de gala. Entre os presentes estavam o secretário Estadual Nilton Vasconcelos (SETRE), os deputados federais Amauri Teixeira, Luiz Alberto e Alice Portugal, o estadual Álvaro Gomes, a ex- vereadora Olivia Santana, além de várias lideranças do movimento negro, como João Jorge (Olodum), Vovô (Ylê Aiyê), Valmir França (Fórum de Entidades Negras), Gilberto Leal (CONEN), Raimundo Bujão (MNU) e Clarindo Silva (Cantina da Lua).

Representando Riachão do Jacuípe, que teve participação no filme através do grupo Chuva de Prata, do povoado de Chapada, estavam o jornalista Evandro Matos e Jorge Barbeiro, coordenador do grupo de samba de roda, que tem três participação no documentário.  

Repercussão
Desde a apresentação do filme, o diretor Antônio Olavo se mostrou muito contente, pressentindo o sucesso. “O importante é que todos vocês assimilem a ideia, que contribuirá, no mínimo, para rasgar esse véu que cobre a memória negra na Bahia”, pontuou o cineasta.  

Ao final, nossa reportagem conversou como diretor, que ratificou o que havia dito antes. “O filme vai contribuir muito para valorizar a identidade e a ancestralidade dessas pessoas. Servirá também como um forte instrumento para ampliar a autoestima da população negra, particularmente da juventude negra baiana. O filme representa uma trajetória de vitórias e superação de homens e mulheres ao longo dos anos”, explicou Olavo, que foi muito assediado pelas pessoas que permaneceram dentro e fora do teatro.  

Professor de História da Uneb, Sergio Guerra, disse que “o filme não só servirá como um documento histórico para as futuras gerações, como contribuirá para alertar a sociedade para por fim a esse perverso modelo que discrimina e tira a oportunidade das pessoas negras e de menor poder aquisitivo crescer com dignidade”.

A boa aceitação do filme pode ser sentida também através de pastagens nas redes sociais. Muitas pessoas comentaram assim que chegaram a suas residências, elogiando o trabalho.

O filme 
Produzido pela Portfolium Laboratório de Imagens, o documentário é uma realização da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte – SETRE e faz parte de um conjunto de ações desenvolvidas, entre as quais o recente Edital de Apoio à Economia Solidária de Matriz Africana, cujo objetivo é fortalecer uma política de valorização permanente das raízes históricas do povo negro, nos aspectos sociais, econômicos, culturais, étnicos, religiosos e políticos.

A Cor do Trabalho não tem cunho comercial. Suas exibições sempre terão acesso livre ao público e suas cópias serão distribuídas, como doação, para bibliotecas, instituições públicas culturais, entidades negras e todas as escolas do Ensino Fundamental e Ensino Médio da Rede Pública Estadual da Bahia.

Chapada e Cachoeira
O diretor do filme fez algumas imagens no interior do Estado, gravando cenas de comunidades que se identificavam com a proposta do filme. Esse foi o caso de Cachoeira, nas comunidades quilombolas do Vale do Iguape, com a atividade da exploração da cultura do dendê e dos terreiros de candomblé, ou do povoado de Chapada, em Riachão do Jacuipe, com o samba de roda do grupo Chuva de Prata.

Da redação do Interior da Bahia

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