Após o anúncio da saída do Papa Bento XVI no dia 28 de fevereiro, o Vaticano dará início ao conclave, o processo de votação que elege um novo pontífice. Segundo o bispo auxiliar da Arquidiocese de Aparecida, monsenhor Darci Nicioli, “cinco cardeais brasileiros são fortes candidatos a ocupar o posto”, disse ao G1 São Paulo.
Um dos nomes é dom Geraldo Majella Agnelo, 79 anos, atual arcebispo emérito de Salvador (BA). Ele teve o pedido de renúncia aceito pelo Papa Bento XVI, em 2011, quando deu lugar ao arcebispo de Salvador e primaz do Brasil Dom Murilo Krieger.
O outro cotado é dom Raymundo Damasceno, atual arcebispo de Aparecida e Presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Ainda estão na lista cotada pelo bispo Nicioli, dom Cláudio Hummes, 78 anos, arcebispo emérito de São Paulo; Odilo Scherer, de 63 anos, atual cardeal arcebispo de São Paulo; e dom João Braz de Aviz, de 66 anos, que mora em Roma e é prefeito das congregações dos religiosos em Roma
“Todos os cardeais com menos de 80 anos são candidatos e podem votar na escolha do novo Papa, mas sabemos que depende do Espírito Santo. Por isso, vamos rezar muito para que seja nomeado o melhor cardeal”, afirmou Nicioli ao G1.
O Brasil possui nove membros no Colégio Cardinalício do Vaticano,porém quatro deles já ultrapassaram a idade de 80 anos.
Conclave
O Papa que substituirá Bento XVI deverá ser eleito até a Páscoa, no final de março. Até lá, segundo o Vaticano, o posto ficará vago,período que é chamado de A Sé Vacante. Após a renúncia, o papa não pode mais voltar atrás, segundo define o Código de Direito Canônico do Vaticano.
O processo de escolha do papa é chamado de conclave, quando cardeais de diversas nacionalidades escolhem, a portas fechadas, o novo pontífice. O encontro deve acontecer em até 20 dias após a saída de Bento XVI.
Uma cédula em que está escrito “EligooIn Summum Pontificem” tem um espaço em branco onde deve ser colocado o nome do novo papa. A escolha é feita secretamente pelos cardeais e depositadas em uma urna,onde as cédulas são misturadas e contadas.
Caso o número de cédulas não coincida com o número de cardeais, as cédulas são queimadas e inicia-se uma nova votação. Se o número de cédulas for igual ao número de eleitores, começa a apuração. Os votos são lidos e conferidos em voz alta.
O novo papa precisa ser eleito com dois terços dos votos. Caso contrário, uma nova votação é feita. Após cada votação, o público que acompanha o conclave na Praça São Pedro, no Vaticano, vê sair pela chaminé da Capela Sistina uma fumaça. Se a fumaça for escura, significa que ainda não foi escolhido o novo papa. Fumaça clara indica que a Igreja Católica tem um novo papa.
Do Portal Calila Notícias/Fonte: Correio
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