A Universidade Federal do Ceará (UFC) lançou um edital público para licenciar a produção de curativos feitos com pele de tilápia liofilizada, destinados ao tratamento de lesões em humanos e animais. A iniciativa busca desenvolver e comercializar o biomaterial inovador, que já se destacou na medicina regenerativa por sua eficácia e benefícios clínicos.
Os curativos à base de pele de tilápia oferecem vantagens como redução da dor, menor necessidade de troca, prevenção de infecções, diminuição do tempo de internação e alívio na carga de trabalho das equipes médicas. Desenvolvida pela UFC em 2015, a técnica começou como uma alternativa nacional ao uso da pele de porco em queimaduras e, desde então, expandiu-se para aplicações em cirurgias reconstrutivas e veterinárias.
Com alta concentração de colágeno tipo I, a pele de tilápia acelera a cicatrização, forma uma barreira contra bactérias e melhora a qualidade de vida dos pacientes. A patente registrada no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) abrange o “processo de obtenção de curativo biológico oclusivo, uso do mesmo e kit”. Atualmente, a pesquisa envolve 337 especialistas de nove países, sob a coordenação do médico Edmar Maciel, e já resultou em novos produtos patenteados no Brasil e no exterior.
O projeto, reconhecido internacionalmente, acumula 41 publicações científicas e 25 prêmios, incluindo o Prêmio Eurofarma de Inovação. A tecnologia foi utilizada em missões médicas, como o cuidado a vítimas de incêndios e enchentes, e recebeu menções em séries como Grey’s Anatomy, The Good Doctor, Vampiros, The Resident e One Piece.
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