
Imagem ilustrativa | Foto: Freepik
As exportações baianas começaram 2025 no vermelho. Em fevereiro, o estado vendeu US$ 753,5 milhões para o exterior, uma queda de 0,96% em relação ao mesmo mês do ano passado. As importações também diminuíram, fechando o mês em US$ 650,8 milhões (-0,81%). No acumulado do ano, as exportações somaram US$ 1,58 bilhão, uma baixa de 10,1%, enquanto as importações cresceram 13,3%, chegando a US$ 1,53 bilhão.
O principal motivo para essa queda foi a desvalorização de 7,5% nos preços dos produtos exportados, mesmo com um aumento de 7% no volume embarcado. Os dados são da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), ligada à Secretaria de Planejamento, com base na Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.
Por outro lado, a agropecuária foi o grande destaque do mês, com crescimento de 37,7%, impulsionado pela safra recorde de soja e pelo aumento das vendas de café. Já a indústria de transformação caiu 16%, e a extrativa recuou 36,8%. Para 2025, a expectativa é que a agropecuária continue crescendo, com uma safra 6,7% maior, mas com preços mais baixos. A indústria, por sua vez, deve seguir em ritmo mais lento, impactada pela política monetária restritiva e pelas incertezas da economia global, reflexo das decisões do governo Trump e das tensões comerciais no cenário internacional.
Entre os principais parceiros comerciais, as exportações para a China recuaram 5,1%, enquanto as vendas para a Ásia como um todo cresceram 11%. Os Estados Unidos reduziram suas compras em 15,5%, mas a demanda do Canadá por ouro, pneumáticos e ferro-ligas ajudou a América do Norte a fechar com alta de 10%. Para a União Europeia, a queda foi de 8,7%. A surpresa veio do Mercosul, com crescimento de 122,5%, impulsionado pela compra de óleo diesel pela Argentina, que importou 32 milhões de toneladas em fevereiro.
Do lado das importações, a compra de produtos intermediários cresceu 26,8%, enquanto os combustíveis tiveram uma forte queda de 64,7%. A importação de bens de capital subiu 57%, e a de bens de consumo, 17,7%. No geral, o volume de compras externas caiu 29%, mas os preços aumentaram 39,8%, puxados pelo cacau, fertilizantes, borracha e máquinas.
No fim das contas, a balança comercial da Bahia fechou fevereiro com um superávit de US$ 47,4 milhões, uma redução de 88,3% em relação ao mesmo período de 2023. Já a corrente de comércio – que soma exportações e importações – atingiu US$ 3,11 bilhões, com um leve crescimento de 0,08%.
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