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sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Rapidinhas: João Ubaldo entra na ALB e corrige discriminação vergonhosa


A posse do escritor João Ubaldo Ribeiro na Academia de Letras da Bahia, nesta quinta-feira (22), é mais do que justa. Contudo, um fato chamou a atenção dos baianos, notadamente aqueles do mundo cultural, artístico e literário, sobre os absurdos contidos no estatuto da academia.

Acostumados a protestar, e com razão, sobre as discriminações do sul e sudeste do país em relação aos nordestinos, que roubam os nossos espaços, desviam os nossos recursos e menosprezam os nossos talentos, a Academia de Letras da Bahia seguia no mesmo caminho.

Filho de Itaparica
Mesmo sendo o maior escritor vivo da Bahia e um dos mais conceituados do Brasil na atualidade, e membro da Academia Brasileira de Letras (ABL), João Ubaldo não pertencia à Acedemia baiana por não ser filho de Salvador, condição primeira para entrar no seleto grupo de escritores e intelectuais. Filho de Itaparica, João Ubaldo estava, como fazia crer o absurdo estatuto, fora do grupo de selecionáveis para a entidade, certamente, “por ser do interior”.

Discriminação
Difícil acreditar em uma entidade formada por homens considerados lúcidos aceitar um estatuto que discriminava os próprios baianos. Do jeito que estava, não parecia ser uma Academia da Bahia, como o nome diz, mas apenas uma agremiação de Salvador.  

Jorge Amado
Contudo, a maioria dos consagrados escritores, dos intelectuais e os considerados gênios baianos são filhos do interior do Estado. É o caso, por exemplo, de Jorge Amado, o maior escritor brasileiro do pós-modernismo, que nasceu em Ilhéus, no sul da Bahia, e era também membro da Academia Brasileira de Letras.

Castro Alves
Outro exemplo típico é Castro Alves, o maior poeta baiano de todos os tempos, um dos maiores (se não o maior) do Brasil, que é filho de Cabaceiras do Paraguaçu, municipio desmembrado de Casto Alves, encravado entre o Recôncavo e o Sudoeste da Bahia.

Glauber, Anisio e Caetano
Nesta mesma lógica citaríamos ainda o educador Anisio Teixeira, referenciado até hoje em todo o país, que nasceu em Caetité, na região sudoeste da Bahia; ou de Glauber Rocha, o gênio do cinema novo, nascido em Vitória da Conquista; ou os consagrados cantores e compositores Caetano Veloso e João Gilberto, que nasceram respectitvamente em Santo Amaro e Juazeiro.

Raul e Ruy
Enfim, entre os considerados gênios do saber da Bahia, apenas o jurista e escritor Ruy Barbosa e o cantor e compositor Raul Seixas nasceram em Salvador, mas tiveram uma relação muito forte com o interior, notadamente o último, por causa da convivência com o pai, que trabalhava na Ferrovia Leste Brasileiro. Outro que nasceu em Salvador, mas viveu a sua infância em Ituaçu, foi o cantor Gilberto Gil.

Enfim
Discriminação sempre gerou protestos. Mas, o pior é ser discriminado dentro do seu próprio estado, ainda mais por quem também quer se colocar como defensor da sociedade, através do mundo das letras, por onde se tenta corrigir algumas injustiças. Enfim, mais uma vez o interior mostra que é forte, e tem, inclusive, estoque para emprestar a alguns bufões do litoral.   

Por Evandro Matos (Portal Interior da Bahia)

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