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sábado, 23 de agosto de 2014

Se acertar o tom na campanha, Marina pode levar ao Congresso uma bancada mais progressista, diz cientista político

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Um dos mais respeitados analistas políticos do País, o professor Marco Aurélio Nogueira, titular de Teoria Política da Unesp, me escreveu para comentar o último post do blog, sobre as dez perguntas que Marina Silva, candidata do PSB à Presidência, deve responder durante a campanha. Com a elegância de sempre, o professor faz observações interessantes sobre algumas questões ali levantadas, entre elas o fato de a ex-ministra ter posições conflitantes em relação ao projeto que acaba de assumir.

Para Nogueira, as opiniões pessoais da candidata, como a oposição a usinas nucleares ou as posições religiosas, não devem ser interpretadas como possíveis pontos de colisão em um eventual governo. “Questões como essas não passam pela Presidência somente: dependem muitos mais do Congresso e da capacidade de pressão e agendamento da sociedade civil”. Segundo o especialista, “uma campanha como a de Marina pode, se acertar o tom, e para surpresa de muitos, levar ao Congresso bancadas bem mais progressistas, periféricas às grandes bancadas atuais, que são, salvo melhor juízo, bastante conservadoras”.

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Como já fiz em privado, agradeço agora em público ao professor pela mensagem e transcrevo a análise abaixo, para que os leitores também tomem nota do debate que, informalmente, demos sequência pela internet:

O texto parte de um suposto equivocado: a de que os políticos são escravos de suas opiniões e não interagem com a dinâmica política e social e nem com a legalidade do Estado. Marina, ou quem quer que seja, pode ser uma conservadora em matéria de direitos, mas não poderá ser contra os direitos constitucionalizados. Do mesmo modo que Dilma ou Lula poderiam ser contra a propriedade privada (não o são, diga-se de passagem) e governaram não só protegendo as propriedades como reforçaram o direito a ela. 

A pauta ambientalista de Marina pode, de fato, colidir com o desenvolvimentismo e com certas medidas de incentivo fiscal pró-indústria, mas não quer dizer que, caso eleita, essa colisão se sustente. Há exigências de gestão que bloquearão isso. No item dos aliados, por exemplo, o mais importante é saber em torno do que serão feitas as alianças. Hoje, por exemplo, as alianças prevalecentes juntam onça e cachorro e não são feitas em torno de programas. Se você mudar isso, por que não daria certo? 

Ter um vice (nota do blogueiro: o vice é Beto Albuquerque, deputado do PSB-RS) favorável aos transgênicos não me parece um grande problema. Ou por acaso o (vice-presidente Michel) Temer é socialista, ou o José Alencar era a favor da desapropriação? Questões como essas não passam pela Presidência somente: dependem muitos mais do Congresso e da capacidade de pressão e agendamento da sociedade civil. Deste ponto de vista, uma campanha como a de Marina pode, se acertar o tom e para surpresa de muitos, levar ao Congresso bancadas bem mais progressistas, periféricas às grandes bancadas atuais, que são, salvo melhor juízo, bastante conservadoras. Você é jornalista e deve mesmo cutucar. Li o seu texto com interesse e acho que ele ajuda muito, não a encurralar Marina, mas a destacar os desafios que ela enfrentará caso ganhe as eleições (o que parece pouco provável hoje).

Como não sou jornalista, faço o papel de ponderador. Não preciso necessariamente checar fontes e declarações. Especulo. E radicalizo na lembrança de certas possibilidades e de certas limitações que são da natureza da política. Não penso, por exemplo, que candidatos não devam ou não possam ser contra ou a favor de determinadas questões, como as usinas nucleares. Eles podem e devem se manifestar, desde que revelem: ‘se o Congresso não quiser, nada acontecerá. Se não houver consenso, nada acontecerá. Se a sociedade não quiser, nada acontecerá’, e assim por diante. Ou falar de modo inverso: ‘sou a favor do socialismo, mas, se o grande capital continuar com força, o socialismo não virá e eu terei de me adaptar’. 

Se houver sinceridade excessiva, os cidadãos ganharão, mas o candidato poderá perder financiadores. Se a intenção sincera virará decisão governamental é outra coisa. Vai depender. E que mal haveria, no caso de Marina, se o eleitor concluísse que ela vai tentar acabar com as usinas nucleares e paralisar algumas obras? Alguém já mediu qual é a adesão que a população brasileira tem à matriz energética vigente? O teu texto, portanto, tem pressupostos. Eles podem ser equivocados ou conter equívocos. Não vejo crise nisso.


Do Yahoo - Por  | Matheus Pichonelli 

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