O médico australiano Dave Hogbin, de 40 anos, estava viajando de férias com a esposa Jane e os três filhos, com idades entre 2 e 7 anos, quando sofreu um ataque de crocodilo e acabou falecendo. O acidente ocorreu na região de Crocodile Bend, em Queensland, na Austrália.
A região é um santuário de répteis e é alvo frequente de turistas que desejam ver crocodilos enormes. Quando caminhava pelas margens do Rio Annan, no último sábado, com a mulher, a terra cedeu e Dave e Jane caíram na água, infestada pelos répteis.
“Apesar de ser alto, forte e em forma, as condições do terrenos fizeram com que Dave não conseguisse sair da água”, afirmou a família em nota. A esposa, que havia ficado mais próxima da margem do rio, tentou resgatar Dave, mas também começou a afundar.
“O ato final e decisivo de Dave foi soltar o braço de Jane quando percebeu que ela estava caindo, apesar de saber que ela era a sua única tábua de salvação. Em instantes ele foi levado”, afirma a nota da família.
Dave atuava como médico na cidade de Newcastle, na região de Nova Gales do Sul, e foi devorado por um crocodilo de 5 metros de comprimento. Nesta terça-feira (6), o animal foi localizado por agentes ambientais e abatido. Os restos mortais do turista foram encontrados no estômago do réptil.
TRÊS CASOS EM UM ANO
A tragédia aconteceu depois de uma menina de 12 anos ter sido atacada em 2 de julho enquanto nadava com a família em um riacho da região vizinha de Território do Norte. Os seus restos foram encontrados dias depois, dentro de um crocodilo de 4,2 metros, morto por guardas florestais.
Ainda neste ano, outro ataque de crocodilos ocorreu na Austrália. Em 18 de abril, um adolescente de 16 anos foi morto enquanto nadava em uma ilha da região de Queensland.
Com três mortes decorrentes de ataques de crocodilos, 2024 é o segundo ano com mais ocorrências na história do país, atrás apenas do ano de 2014, quando ocorreram 4 mortes em território australiano motivadas por ataques dos répteis.
A população de crocodilos explodiu no norte tropical da Austrália desde que estes répteis tornaram-se uma espécie protegida no início dos anos 1970. A caça visando o couro do animal estava em alta desde os anos 1950 e quase exterminou a espécie no país.
Do Portal Bahia Notícias/Foto: Reprodução/GoFundMe
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