quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Produção de mel na Bahia é destaque no cenário nacional

O mel da Bahia vem se destacando entre os estados brasileiros.  Segundo dados do Instituto Nacional de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados nesse mês de outubro, o Estado da Bahia ocupa agora o 1º lugar na produção de mel da região Nordeste. No ranking nacional, a Bahia saltou do 7º lugar para 3º lugar, com uma produção de mais de 4,5 mil toneladas por ano.

A Bahia possui atualmente 20.000 apicultores, sendo 99% da agricultura familiar. São destaque em produção de mel os Territórios de Identidade Semiárido Nordeste II, Extremo Sul, Sisal, Velho Chico e Sertão São do Francisco, que conta com o  município de Campo Alegre de Lourdes, o que possui o maior número de apicultores da agricultura familiar do estado.

O secretário estadual de Desenvolvimento Rural (SDR), Jerônimo Rodrigues, destacou a importância dos avanços na produção de mel na Bahia, ressaltando dois aspectos que contribuíram, de forma significativa, para esse resultado, de um lado, o Estado, com a execução de políticas públicas que vêm garantindo acesso ao crédito, assistência técnica e apoio à comercialização e do outro, as associações e cooperativas de apicultores e meliponicultores.

“Temos que reconhecer a importância do Estado e dos produtores organizados. É uma vitória do Estado, apicultores e meliponicultores, pesquisadores. Os dados comprovam que com a qualificação do produto, aumento da produção, da produtividade, investimentos em tecnologia, inovações e acesso ao crédito, foi possível alcançar esse resultado. E poderemos fazer isso com a caprinovinocultura, mandiocultura, fruticultura e outras cadeias produtivas na Bahia”.

A coordenadora de Apicultura e Meliponicultura, da Superintendência da Agricultura Familiar (Suaf/SDR), Marivanda Eloy, reforça que “a oferta de assistência técnica e extensão rural direcionada à cadeia produtiva do mel, implantação de unidades de beneficiamento, e o trabalho realizado pela Câmara Setorial da Apicultura e Meliponicultura da Bahia, além da aplicação adequada dos recursos, são algumas das ações que também contribuíram para o avanço da produção de mel no estado”.

Intervenção do Estado
Nos últimos nove anos, o Governo do Estado vem investindo em ações de fortalecimento da cadeia produtiva de apicultura, com a implantação de 87 Unidades de Beneficiamento do Mel (UBM). Outras 31 estão conveniadas, em fase de execução e 12 unidades serão instaladas por meio do projeto Bahia Produtiva, executado pela Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (SDR/CAR), com financiamento do Banco Mundial, visando garantir assistência técnica, aquisição de veículos e equipamentos, entre outras ações.

O Bahia Produtiva já assinou convênios com 53 instituições representativas da agricultura familiar, com valor global de até R$ 20 milhões, por meio de seleção do Edital de Apoio à Apicultura e Meliponicultura, atendendo, em todo o estado, 3.600 produtores.

“Com certeza a chegada do caminhão e do kit com equipamentos vai impulsionar a apicultura no território, uma atividade que vem crescendo, a cada dia, e que, agora, conta também com os investimentos do Bahia Produtiva nos setores produtivos e de beneficiamento e, principalmente, na garantia da assistência técnica para mais de 300 apicultores” afirmou Ronilson Oliveira, diretor da Cooperativa Agropecuária dos Agricultores e Apicultores do Médio São Francisco, localizada do município de Ibotirama, Território de Identidade Velho Chico, instituição que já recebeu um caminhão baú e um kit com equipamentos para o beneficiamento do mel.

Lívia Maria Viana de Oliveira, responsável pelas cadeias da apicultura e meliponicultura, no Bahia Produtiva /CAR, destacou ainda que entre as ações previstas nesse edital está a contratação de um agente comunitário de apicultura e meliponicultura (ACA). “Os ACA’s terão a função de assessorar as famílias por cinco anos, com atividades individuais e coletivas, orientadas para o processo de produção, agregação de valor e acesso a mercados, promovendo o desenvolvimento socioeconômico das cadeias”.

Outra ação prevista é a contratação de um consultor, que tem como objetivo viabilizar a elaboração de um plano de negócios com metodologia participativa, visando alcançar os objetivos para o desenvolvimento do projeto como o aumento da integração das organizações de produtores e associações comunitárias ao mercado e aumento da receita líquida das organizações de produtores e associações comunitárias.


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