sexta-feira, 24 de novembro de 2023

ETS existem? Cientistas detectam raio cósmico que pode ter vindo de fora da nossa galáxia

Cientistas espaciais da Universidade de Utah, nos Estados Unidos (EUA), detectaram uma partícula de raio cósmico, extremamente raro e de energia ultra-alta que eles acreditam ter viajado para a Terra vinda de fora da Via Láctea. Os pesquisadores ainda estão trabalhando para entender se é um sinal de ETs, algo relacionados a buracos negro ou um fenômeno totalmente novo.

 

Segundo a CNN, os raios cósmicos são partículas carregadas que viajam pelo espaço e chovem constantemente na Terra. Os de baixa energia podem vir do sol, mas os de energia extremamente alta são excepcionais. Por isso, é possível que tenha partido de outra galáxia e demorado séculos para chegar aqui.

 

“Se você estender a mão, um (raio cósmico) passa pela palma da sua mão a cada segundo, mas essas são coisas de baixa energia. Porém, quando se trata desses raios cósmicos de alta energia, é mais como um por quilômetro quadrado por século. Nunca vai passar pela sua mão.””, disse o coautor do estudo John Matthews, professor pesquisador da Universidade de Utah.

 

Até hoje, as origens exatas destas partículas de alta energia ainda não são claras. Acredita-se que estejam relacionados com os fenómenos mais energéticos do Universo, como os que envolvem buracos negros, explosões de raios gama e núcleos galácticos ativos, mas os maiores já descobertos até agora parecem surgir de espaços aparentemente vazios, sem nenhum registro de fenômeno celeste. 

 

Ainda conforme a reportagem, tudo começou numa tentativa de rastreio desses raios cósmicos de alta energia. Assim, foi descoberta essa nova configuração, apelidada de partícula Amaterasu (em homenagem à deusa do sol na mitologia japonesa). A partícula foi avistada por um observatório de raios cósmicos no deserto oeste de Utah, conhecido como Telescope Array.

 

O equipamento observou mais de 30 raios cósmicos de ultra-alta energia, mas nenhum maior do que a partícula Amaterasu. O evento acionou 23 dos detectores de superfície, com uma energia calculada de cerca de 244 exa-elétron-volts. A “partícula Oh My God” (ai meu Deus, em tradução livre) detectada há mais de 30 anos, tinha 320 exa-elétron-volts.

 

"As condições exigidas [para que esse evento aconteça] são realmente excepcionais, por isso as fontes são muito, muito raras, e as partículas são dissipadas no vasto universo, então as chances de uma delas atingir a Terra são mínimas”, disse Farrar, que não esteve envolvido no estudo, via e-mail.

 

A atmosfera protege amplamente os humanos de quaisquer efeitos nocivos das partículas, embora os raios cósmicos às vezes causem falhas no computador. As partículas, e a radiação espacial de forma mais ampla, representam um risco maior para os astronautas, com potencial para causar danos estruturais ao DNA e alterar muitos processos celulares, segundo a NASA.


Do Portal Bahia Notícias/Foto: ilustrativa/Pexels


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