terça-feira, 29 de agosto de 2023

42 km por dia🏃🏻‍♂️: atleta amador completa 365 maratonas seguidas em um ano

Hugo Farias participou de uma pesquisa e correu 42,195 km por dia durante o último ano no interior de São Paulo | Foto: Arquivo Pessoal

Participante de uma pesquisa médica, um atleta amador completou neste domingo um desafio de correr 365 maratonas em 365 dias: uma maratona por dia.

Hugo Farias, de 44 anos, correu em cada dia do último ano 42,195 quilômetros, uma aventura inédita no Brasil. “O propósito sempre foi inspirar pessoas. mostrar que pessoas comuns são capazes de feitos incríveis. E gerar uma contribuição pra ciência”, afirmou.

A façanha faz parte de um projeto científico que envolveu pesquisadores do Instituto do Coração (INCOR), que tentam compreender melhor o funcionamento do corpo humano, e entender como ele se transforma e resiste ao desgaste físico.

Foi preciso muito planejamento para o desafio considerado extremo para o corpo. E uma equipe multidisciplinar com 11 profissionais para acompanhar o atleta.

“Eu não levei meu corpo ao extremo. Por mais que o volume fosse alto, eu sempre mantive uma zona de frequência cardíaca confortável. Sempre me hidratando, me alimentando, tendo disciplina em todos os quesitos”, explicou o maratonista.

Em um ano, Hugo perdeu cerca de 6 quilos, mesmo fazendo uma dieta de 5.500 calorias por dia, mais do que o dobro do necessário para um adulto saudável da estatura dele. Durante esse ano, houve contratempos: o atleta chegou a ter quadros de diarreia, prejudicando a retenção de nutrientes pelo corpo. Algumas lesões o impediram de correr em alguns dias, obrigando-o a seguir com o percurso total caminhando por até 10 horas. O percurso costumava ser sempre o mesmo, na cidade de Americana, interior de São Paulo. Mesmo assim, nenhum contratempo conseguiu impedir a maratona diária e o desafio chegou ao fim ultrapassando a barreira de 15,5 mil quilômetros percorridos em um ano.

Os cientistas ficaram surpresos com o resultado de Hugo e explicaram que o coração dele se adaptou sem comprometimento de funções. “Foi uma quebra de paradigmas… É possível você alcançar uma adaptação cardíaca perfeita se tiver um controle pleno da sua atividade física ao longo do tempo, seja ela de grande volume ou de baixo volume. E até mesmo de intensidade”, avaliou a cardiologista Maria Janeiro Alves.

Do Portal NS/Por Fantástico


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