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Na coroação de um dos maiores jogadores da história do futebol, a Argentina conquistou, neste domingo (18), a Copa do Mundo de 2022. Em Lusail, no Catar, Lionel Messi comandou seu último tango com a seleção na vitória por 4 a 2 nos pênaltis sobre os "Bleus". No tempo regulamentar, o placar ficou em 3 a 3.
O camisa 10 foi o autor do primeiro gol, de pênalti, e foi crucial na jogada do segundo, marcado por Di María. Os franceses empataram com dois de Mbappé no segundo tempo. Na prorrogação, Messi carimbou o terceiro e Mbappé empatou novamente.
Nos pênaltis, a dose final de drama de um tango que esperava desde 1986 para ser tocado. Argentina campeã. Mbappé e Kolo Muani fizeram para a França, mas Coman e Tchouaméni desperdiçaram. Messi, Dybala, Paredes e Montiel converteram para os argentinos.
O tricampeonato mundial marca uma geração de craques que há muito ansiavam por esse título.
Dois anos após a morte de Diego Maradona, sobressaiu-se o único que pode ser comparado ao ídolo máximo do futebol argentino. Como diz a canção, "e Diego do céu podemos vê-lo, com Don Diego e com Dona Tota, torcendo por Lionel".
O JOGO
O jogo começou com a Argentina melhor. Dominando a bola no campo de ataque, os Hermanos conseguiram a primeira finalização com Mac Allister aos 4 minutos, de fora da área. Lloris estava atento para fazer a defesa.
De Paul teve boa chance também aos 7 minutos. Desviada por Varane, a bola saiu pela linha de fundo.
Aos 16, Messi fez boa jogada com De Paul pela direita. Após cruzamento na área, Dí Maria ficou com a bola limpa para finalizar de direita, mas isolou.
A primeira oportunidade da França surgiu apenas aos 19 minutos. Griezmann cobrou falta na área e Girou subiu sozinho de cabeça, mandando para fora. A jogada já estava parada por causa de falta cometida pelo camisa 9.
Foi pênalti?
No minuto seguinte, Di María fez boa jogada pela esquerda, entrou na área e caiu no chão após leve contato com Dembélé. O árbitro Szymon Marciniak marcou pênalti. Messi cobrou com categoria e abriu o placar.
Toco y me voy
O segundo gol da Argentina foi uma obra prima. Em um contra-ataque fulminante, Messi encontrou Álvarez pela direita, que deixou Mac Allister livre para só tocar na área e Di María empurrar para dentro.
O domínio argentino obrigou o técnico francês, Didier Deschamps, a fazer duas alterações ainda no primeiro tempo. Tirou Giroud e Dembélé e colocou Thuram e Kolo Muani.
O tango continua
A etapa final começou semelhante à inicial. Dominando as divididas, a Argentina já criou com quatro minutos. Di María inverteu da esquerda para a direita e De Paul emendou de primeira para a defesa de Lloris.
Aos 14, Di María encontrou Julián Álvarez na área e o jovem chutou com muito perigo à trave direita do goleiro francês.
No minuto seguinte, Di María apareceu de novo pela esquerda, girou e tocou para Messi. Dentro da área, o camisa 10 ajeitou para a direita e foi travado por Rabiot na hora de finalização.
Aos 17, Messi puxou o contra-ataque pelo meio, tocou em Julián Álvarez e faltou muito pouco para Mac Allister alcançar a bola e fazer o terceiro.
A chance criada por Mbappé aos 25 minutos, com um chute de fora da área, nem sequer levou perigo à meta de Martínez.
Apareceu o 10 francês
Aos 33, contudo, Thuram ia saindo na cara do gol quando foi derrubado por Otamendi dentro da área. O árbitro apitou o pênalti. Na cobrança, Mbappé diminuiu para os franceses.
Foi o começo do fim para a Argentina. No minuto seguinte, o próprio Mbappé tabelou com Tchouaméni e acertou um chutaço de primeira para empatar o jogo.
O camisa 10 da França dominou a partida e, aos 48, quase fez o terceiro, em chute que desviou de fora da área.
Messi respondeu aos 51, com um chutaço de esquerda. Lloris se esticou todo para fazer a defesa, garantindo a prorrogação da final.
Prorrogação
O primeiro tempo da prorrogação começou com a Argentina tentando acalmar os ânimos e mantendo a posse de bola. Aos dois minutos, Mac Allister chutou forte de fora da área, mas sem perigo para Lloris.
Aos 14 minutos da prorrogação, Lautaro Martínez recebeu livre de Messi dentro da área, mas demorou demais para chutar e foi travado. Na sequência, o camisa 22 mostrou porque está zerado na Copa do Mundo. Ao receber de Acuña, novamente frente a frente com Lloris, ele chutou para fora.
No segundo tempo, Messi quase fez no primeiro minuto, com um chute forte da entrada da área. O goleiro francês defendeu.
O fim dramático
Não importou, porque o craque argentino marcou o terceiro dos hermanos, pegando o rebote de Lloris. O segundo dele na partida, o sétimo dele na Copa.
Mas os deuses do futebol ainda reservariam mais um drama para a final da Copa. Faltando apenas três minutos para o fim, Mbappé marcou o seu terceiro na partida, de pênalti, o oitavo na Copa.
Emiliano Martínez ainda fez um milagre no último minuto, e Lautaro perdeu um gol (mais um) sozinho, de cabeça. Manteve-se o 3 a 3 e a disputa foi para os pênaltis.
Mbappé e Kolo Muani fizeram para a França, mas Coman e Tchouaméni desperdiçaram. Messi, Dybala, Paredes e Montiel converteram para os argentinos. A dose final de drama de um tango que esperava desde 1986 para ser tocado.
Argentina: Emiliano Martínez; Molina (Montiel), Cristian Romero, Otamendi e Tagliafico; Enzo Fernández, De Paul (Paredes), Mac Allister (Pezella) e Di María (Acuña); Messi e Julián Álvarez (Lautaro Martínez). Técnico: Lionel Scaloni.
França: Lloris; Koundé, Varane (Konaté), Upamecano e Theo Hernández (Camavinga); Tchouaméni, Rabiot (Fofana) e Griezmann (Coman); Dembélé (Kolo Muani), Giroud (Thuram) e Mbappé. Técnico: Didier Deschamps.
Do Portal Bahia Notícias/Por Nuno Krause/Foto: Reprodução / Instagram - @afaseleccion
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