segunda-feira, 10 de janeiro de 2022

Barroquenses que estão em Minas Gerais, sofrem com as fortes chuvas no estado: "tá tudo ilhado, não sai ninguém"

Segundo andar de prédio onde estão seis barroquenses - Foto: Reprodução
Diversas cidades mineiras estão enfrentando grandes transtornos diante das fortes chuvas que atingem o estado, a enchente deixou muitas casas e estabelecimentos comerciais parcialmente submersos, com casos de água próximo ao telhado. Para socorrer os moradores nos bairros mais afetados, a defesas civil e o corpo de bombeiros utilizam barcos e botes. Neste domingo (9), o JNV manteve contato com barroquenses que estão morando e trabalhando em municípios atingidos e eles falaram sobre os momentos de tensão que estão vivendo em Minas Gerais.

"A gente mora no centro de Brumadinho, tá tudo ilhado, não sai ninguém. Muitas chuvas", relatou o carpinteiro Rogério, conhecido Gero de Dona Rosa. Segundo ele, o trabalho foi suspenso na área da Vale construindo um memorial em homenagem às vítimas de tragédia de Brumadinho. Além dele outros cinco barroquenses estão num primeiro andar de um prédio, o acesso ao local só de barco. Mas todos estão bem apesar da tensão: "A gente tá calmo, se ficarmos com medo vai ser pior. Estamos bem", afirmou o operário.

Cidade de Brumadinho onde trabalham alguns barroquenses - Foto: Reprodução
Morando no mesmo município, o carpinteiro Bruno Ferreira também falou sobre a situação: "Já suspenderam o trampo amanhã, não sabe quando volta, enquanto a chuva não cessar e o rio não baixar", informou. O barroquense mora num local mais alto de Brumadinho, uma parte que não tem alagamento.

O governo do Estado informou ao G1, que Minas Gerais tem 138 cidades em situação de emergência devido à chuva. A Prefeitura de Brumadinho, levantou que até a tarde do domingo (9), 152 pessoas estavam desalojadas e 43 desabrigadas. Os bairros atingidos são Canto do Rio, Cohab, Progresso, além do centro da cidade. As entradas de acesso ao município estão bloqueadas. 

Morando em Itabirito, a barroquense Rosa contou que a cidade está sem energia há dois dias: "Aqui a situação tá complicada. Tá muito perigoso aqui, muito mesmo famílias desabrigadas pedindo ajuda, lojas perderam tudo, a cidade alagou completamente. Eu tô aqui num lugar bom, que não é perigoso, mas perto daqui a dez minutos tá complicado", relatou barroquense natural do Povoado de Alambique.


@ Nossa Voz - Por Rubenilson Nogueira

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