quinta-feira, 10 de dezembro de 2020

Cientistas identificam 1º caso em que Covid-19 desencadeia síndrome de Guillain-Barré

Cientistas identificam 1º caso em que Covid-19 desencadeia síndrome de Guillain-Barré
Foto: Reprodução/Pixabay

Cientistas americanos identificaram um caso em que a infecção pela Covid-19 desencadeou a síndrome de Guillain-Barré. A doença é rara e caracterizada pelo sistema imunológico atacar os nervos. A síndrome pode levar à insuficiência respiratória e até à morte.

 

O estudo foi desenvolvido por pesquisadores da Universidade Rutgers, nos Estados Unidos. As conclusões deles foram divulgadas no fim de novembro no periódico Pathogens, segundo reportagem da revista Galileu.

 

Esse pode ser o primeiro caso no mundo em que a Covid-19 desencadeou a recorrência da síndrome de Guillain-Barrédes. A matéria traz a informação de que o paciente foi um homem de 54 anos que sofreu de síndrome de Guillain-Barré duas vezes e teve uma terceira ocorrência após testar positivo para Covid-19. 

 

"O paciente veio ao pronto-socorro com queixas de dificuldade progressiva para engolir, depois teve febre por três dias, seguida de fraqueza nos braços, pernas e rosto", relatou Erin McDonnell, estudante de medicina que fez a descoberta, em comunicado. "Os sintomas dele foram piores dessa vez do que nos episódios anteriores, mas ele já se recuperou", destacou.

 

Na análise dos cientistas, há vários casos de síndrome de Guillain-Barré que tenham sido observados após a infecção por Sars-CoV-2. Mas essa foi a primeira vez em que o novo coronavírus teria realmente desencadeado a condição. 

 

Durante o estudo, o grupo de pesquisadores americanos observou outros 1,2 mil pacientes hospitalares que testaram positivo para a Covid-19 entre março e maio deste ano. Mas esse foi, de fato, o único caso em que a Covid-19 desencadeou a recorrência da Síndrome de Guillain-Barré.

 

A reportagem ressalta que a condição pode ocorrer após infecções virais e bacterianas agudas. Ela causa sintomas que incluem fraqueza e formigamento nas extremidades, que avançam rapidamente à medida que a infecção piora. Por mais que a maioria das pessoas se recupere da condição, cerca de 5% experimentam recorrências da condição.


Do Portal Bahia Notícias

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