Lojistas de Serrinha-Ba usam o Artigo 5º da Constituição Federal para exercerem o direito de se manifestar contra o fechamento do comércio; Agentes de Trânsito fazem ameaças e motorista de carro de som vai embora com medo de ser multado

Cenas lamentáveis aconteceram na Praça da Estação na manhã deste sábado (13), dia de aniversário de emancipação política de Serrinha.

De forma pacífica e ordeira, os lojistas de Serrinha se reuniram para realizar um ato em defesa do comércio que vem sendo trucidado pela atual gestão que tem colocado a conta do Covid-19 nas costas destes guerreiros e guerreiras batalhadores.

Os agentes de trânsito da prefeitura de Serrinha tentaram a todo custo barrar as ações dos comerciantes, dificultaram ao máximo e fizeram vários tipos de ameaças verbais para não deixar a carreata acontecer, inclusive, o proprietário do carro de som que foi convidado para acompanhar o manifesto se sentiu coagido pelo comandante dos agentes e se retirou com receio de ser multado.

Mesmo diante de todo 'achincalhamento' e humilhação, após várias tentativas de contatos com o secretário de servições públicos da prefeitura de Serrinha com o intuito de um possível diálogo, ele se recusou a atender o telefone do vice-prefeito Berg da Aragom (comerciante) e outros integrantes do movimento, todos decidiram usar o direito garantido no Artigo 5º da Constituição Federal e seguiram o destino da carreata pelo centro da cidade, mesmo sendo coagidos no início da carreata, pois tiveram seus veículos parados e foram recolhidos documentos dos veículos e suas Carteiras Nacional de Habilitação (CNH) para anotações por parte do responsável pelos agentes.

Indignados com a ação truculenta e ditatorial do gestor municipal, todos se dirigiram até a Delegacia de Polícia Civil da cidade de Serrinha, com a finalidade de registrar queixa coletiva contra o gestor e seus agentes públicos, inclusive, o secretário por omissão, prevaricação e outras irregularidades.

Todos receberam o suporte jurídico do advogado Dr Hilberto Guimarães que se mostrou muito solícito com a causa, pois achou justa e nobre já que os comerciantes querem apenas o direito de abrir o que lhe é de propriedade e são pagadores de impostos e pessoas idôneas que lutam pelas suas sobrevivências e dos seus colaboradores.

Porém a corda está arrebentando do seu lado, com 2 fechamentos seguidos. O primeiro de 30 dias. Não gostando muito, mas todos aceitaram, pacificamente, por seguir recomendações das autoridades superiores que alegavam a necessidade de fechar os comércios para evitar a proliferação dos casos de coronavírus no município.

Vale salientar que no dia do primeiro fechamento Serrinha tinha apenas 3 casos suspeitos do covid-19. Com cerca de 30 dias fechado, o comércio foi reaberto. Sem comprovação científica, mas na base do "achismo", o prefeito resolveu decretar novo fechamento dia 22 de maio onde o município registrava 16 casos.

Até o boletim divulgado neste sábado, dia 13 de junho, o município já contava com 168 casos confirmados de coronavírus, um aumento de 152 casos (com o comércio fechado). Por este motivo esta reivindicação dos lojistas que não aceitam mais seus comércios fechados, porque está comprovado que não é o fato de o comercio está aberto que vai aumentar os casos, porque todos tem seguido os protocolos para evitar o contágio.

Todos são unânimes em afirmar que as ações truculentas e sem planejamento da gestão é que são as responsáveis por este aumento absurdo do número de casos. O povo não obedece as orientações do gestor por lhe faltar o poder de convencimento e argumento junto à população que não tem dado crédito ao que ele tem falado.

Coisas novas e surpreendentes virão nas cenas dos próximos capítulos no município de Serrinha-Ba nas próximas horas ou dias, porque os comerciantes não vão se calar e irão usar tudo que lhes são de direito dentro da legalidade! Aguardem!