Astrônomos da Universidade de Canterbury, na Nova Zelândia, descobriram uma superTerra próxima ao centro da Via Láctea, segundo um estudo publicado na edição de maio do The Astronomical Journal. O planeta faz parte de um pequeno rol de astros cujo tamanho e a órbita são comparáveis aos da Terra.
“Para se ter uma ideia da raridade da detecção, o tempo necessário para observar, devido à estrela hospedeira, foi de aproximadamente cinco dias, enquanto o planeta foi detectado apenas durante uma pequena análise de cinco horas", contou Antonio Herrera Martin, líder da pesquisa, em comunicado. "Depois de confirmar que [a descoberta] foi realmente resultado [da detecção] de outro 'corpo' diferente da estrela, e não um erro instrumental, começamos a obter as características do sistema planeta-estrela."
Usando o Sistema Solar como referência, os astrônomos calcularam que a estrela hospedeira da superTerra tem cerca de 10% da massa do nosso Sol, enquanto o planeta tem uma massa entre a da Terra e a de Netuno e órbita de 617 dias. Já a distância entre o astro e sua estrela é equivalente ao espaço que existe entre o Sol e a área situada entre Vênus e a Terra.
De acordo com Herrera Martin, o planeta foi descoberto usando uma técnica chamada microlente gravitacional, que é extremamente específica — apenas uma em 1 milhão de estrelas da nossa galáxia podem ser detectadas pelo método.
"A gravidade combinada do planeta e sua estrela hospedeira fez com que a luz de uma estrela de fundo mais distante fosse aumentada de maneira particular", explicou o especialista.
Do Portal Ailton Pimentel/Foto: Reprodução/ Galileu
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