quinta-feira, 16 de abril de 2020

Governo estima rombo de R$ 515 bilhões caso PIB caia 5%, como prevê o FMI

Governo estima rombo de R$ 515 bilhões caso PIB caia 5%, como prevê o FMI
Foto: Agência Brasil
O Ministério da Economia estima que as contas do governo federal podem registrar um rombo de R$ 515,5 bilhões neste ano caso o PIB (Produto Interno Bruto) recue 5%, patamar próximo da previsão do FMI (Fundo Monetário Internacional) para o comportamento da economia brasileira (5,3%). Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (15).

Nesta terça (14), o secretário nacional do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, disse que o rombo deve ficar perto de R$ 600 bilhões. Mas o cálculo dele considera medidas ainda em análise pelo Congresso, como o plano de socorro aos estados na crise do coronavírus, que já foi aprovado pela Câmara e ainda depende do aval do Senado.

As projeções divulgadas nesta quarta pelo ministério apresentam ainda o cenário em caso de queda de 2% do PIB (patamar esperado pelo mercado). Nesse caso, o resultado negativo seria de R$ 486,4 bilhões, com base nas medidas de combate à Covid-19 já anunciadas.

O secretário especial da Fazenda, Waldery Rodrigues, reconheceu que essas estimativas devem mudas ao longo do ano de acordo com o anúncio de novas medidas e com projetos a serem analisados pelo Congresso. Segundo ele, as diferentes projeções foram apresentadas por uma questão de transparência.

Apesar de ter traçado diferentes cenários para as contas públicas em 2020, o governo mantém a projeção do PIB próxima de 0% neste ano e, com isso, espera que o déficit nas contas seja de R$ 467,1 bilhões para o governo central, que engloba os resultados do Tesouro Nacional, da Previdência Social e do Banco Central.

O governo espera um déficit de R$ 3,8 bilhões para as estatais federais e de R$ 30,8 bilhões para as governos regionais (estados e municípios). Com isso, a perspectiva atual do Ministério da Economia é de R$ 501,7 bilhões de rombo nas contas de 2020.


Do Portal Bahia Notícias/por Thiago Resende e Bernardo Caram | Folhapress

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