terça-feira, 10 de setembro de 2019

Bolsonaro apresenta melhora contínua após cirurgia e não tem previsão de alta

Bolsonaro apresenta melhora contínua após cirurgia e não tem previsão de alta
Foto: Divulgação
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) apresenta nesta terça-feira (10) "contínua melhora" depois da cirurgia a que foi submetido no domingo (8), e ficará afastado da Presidência pelo menos até quinta-feira (12). A situação, segundo o boletim médico, é estável: ele dormiu bem e acordou disposto, está sem febre, continua fazendo caminhadas no corredor do hospital, foi liberado para tomar banho de chuveiro e pôde fazer a barba.

Precisa, no entanto, manter uma alimentação restrita -dieta líquida à base de chá, água, gelatina e caldo ralo, de acordo com o informe. Bolsonaro está internado no Hospital Vila Nova Star, na região sul de São Paulo, onde passou pela quarta cirurgia desde que sofreu uma facada durante um ato de campanha em setembro de 2018.

Não há previsão de alta até o momento, de acordo com o porta-voz da Presidência, general Otávio Rêgo Barros. O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) está interinamente à frente do Planalto. Quando tiver autorização dos médicos, Bolsonaro poderá despachar do próprio hospital ou durante o período de repouso pós-operatório.

No hospital, a equipe médica adotou medidas de prevenção de trombose venosa profunda, com o uso de medicamentos anticoagulantes e meias compressoras. As visitas continuam restritas. Segundo o porta-voz, os contatos têm que ser breves porque Bolsonaro precisa descansar. Ao conversar, pode haver acúmulo de gases na barriga do paciente, o que prejudica a recuperação.

Logo após a cirurgia, Bolsonaro vestiu uma cinta elástica para pressionar o abdome operado e ajudar no processo de recuperação. Os médicos corrigiram uma hérnia que surgiu na região do abdômen em decorrência das múltiplas incisões feitas no local nos últimos meses. A operação durou cinco horas e foi considerada bem-sucedida.

Segundo a Presidência, Bolsonaro estará restabelecido a tempo de discursar na Assembleia Geral da ONU, em 24 de setembro, em Nova York. O surgimento da chamada hérnia incisional já era esperado pelos médicos que atendem o presidente, em razão da série de intervenções feitas na região da barriga do paciente para tratar os danos provocados pelo ataque.

O então presidenciável foi esfaqueado por Adélio Bispo de Oliveira em 6 de setembro de 2018. O autor do crime está preso desde então. A hérnia ocorreu porque, em virtude do enfraquecimento da parede muscular do abdômen, uma parte do intestino passou por uma cavidade desse tecido. As sucessivas incisões (cortes) na barriga fragilizaram o músculo, o que fez com que a porção do órgão e uma camada de gordura rompessem a membrana, criando uma saliência sob a pele.


Do Portal Bahia Notícias/por Joelmir Tavares | Folhapress

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