quinta-feira, 14 de junho de 2018

Ex-jogador comanda projeto para formar atletas e cidadãos

O futebol sempre despertou uma paixão na vida de Alan Sena de Lima, que se tornou um jogador profissional com 18 anos. Na oportunidade jogando como lateral direito defendeu as cores do Astro. Hoje, aos 25 anos, Seninha como é mais conhecido não brilha mais nos gramados, mas continua fazendo a diferença fora deles. 

Através do projeto “Seninha”, o ex-jogador profissional ensina a criançada da comunidade Parque Getúlio Vargas a dar os primeiros passos no futebol e se tornar não apenas um futuro jogador profissional. O mais importante é ser um grande cidadão.

E foi através de um uma brincadeira realizada no dia 23 de dezembro de 2013, que contou com a participação de apenas 12 crianças da comunidade do Parque Getúlio Vargas, que surgiu o projeto “Seninha” que atende hoje, cerca de 110 jovens.

Sensibilizado e vendo a necessidade de fazer algo em prol das crianças do bairro, que vivem em vulnerabilidade, o projeto “Seninha” tomou corpo e fundamento. “Na verdade, tudo começou com uma simples brincadeira eu não imaginava que iria tomar uma proporção dessa. Na época comprei um troféu e algumas medalhas para fazer um minitorneio com a criançada do bairro, só que depois um grande grupo de garotos foram me procurar para treiná-los. Porém, o que mais me motivou a seguir com o projeto foi poder fazer algo em prol dessa garotada principalmente para aquelas que vivem meio ao perigo do mundo das drogas. Ainda mais que eu tive um caso desse dentro da minha família e que graças a Deus demos todo apoio e hoje esse mal não nos perturba mais. Então vi essa necessidade de realizar uma atividade para que outras crianças não fossem atingidas pelas ações das drogas. O projeto Seninha além de ensinar futebol também faz esse papel social”, disse.

Crédito: Divulgação
O projeto atende mais de 110 crianças e é totalmente gratuito. As atividades são realizadas no campo do Real, no bairro Parque Getúlio Vargas. As sementes plantadas já começaram a dar frutos como é o caso do jovem Ronald Brasileiro, 13 anos, atacante que tem sido um dos principais destaques do projeto. “Ronald é garoto bastante promissor e que trabalha muito com o objetivo de se tornar um grande jogador de futebol. A sua qualidade técnica aliada a sua força de vontade de vencer com certeza tem contribuído e muito com o seu crescimento”, afirmou Alan Sena.

Ronald Brasileiro, 13 anos, atacante que tem sido um dos 
principais destaques do projeto | Divulgação

Ainda segundo o coordenador do projeto as dificuldades são grandes para manter o trabalho com a criançada. “Nossos desafios são inúmeros desde a falta de materiais para treinar, como uma sede própria para incorporarmos outras atividades a exemplo do boxe e o ballet, para alcançarmos as demais crianças que tem afinidade com essas modalidades. Com todas essas dificuldades vamos procurando fazer o nosso melhor e ver o sorriso em cada rosto e a esperança de um futuro melhor é o que nos motiva a seguir em frente”, finalizou Alan Sena. 

Do Portal Folha do Estado da Bahia




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