sexta-feira, 25 de maio de 2018

J.Hawilla, delator do escândalo da Fifa, morre em São Paulo

Principal delator do escândalo de corrupção da compra de direitos de transmissão de direitos esportivos, que culminou com a prisão do ex-presidente da CBF, José Maria Marin, o empresário J. Hawilla morreu nesta sexta-feira em São Paulo, aos 74 anos.
Ele estava internado desde a última segunda-feira, no Hospital Sirio-Libanês. Estava com problemas respiratórios.
Hawilla foi autorizado para retornar ao Brasil em fevereiro, por causa de seus problemas de saúde.
Após fazer um acordo de delação com a Justiça americana, no qual pagou US$ 151 milhões (R$ 551 milhões), Hawilla aguardava a divulgação de sua sentença.
Ele negociava com a Justiça americana que não tivesse que voltar mais aos Estados Unidos.
Em 16 de março, o procurador Richard Donoghue pediu à juíza Pamela Chen, responsável pelo caso, que a sentença de Hawilla fosse adiada para 2 de outubro. O prazo inicial era 23 de abril.
Hawilla teve câncer na garganta e sofria com problemas pulmonares. Há duas semanas, durante um voo de São Paulo para Rio Preto, sua cidade natal, passou mal. Para amigos, disse que chegou a pensar que morreria dentro do avião.
ESQUEMA DE PROPINA
Hawilla era colaborador na investigação sobre o esquema de pagamento de propina na Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol). Ele colaborava com as investigações do FBI desde 2013.
O empresário confessou ter pago suborno para o paraguaio Nicolas Lez (ex-presidente da Conmebol), o argentino Julio Grondona (ex-presidente da Associação de Futebol Argentino, morto em 2014) e Ricardo Teixeira (ex-presidente da CBF).
Hawilla era proprietário da TV TEM, emissora que engloba quatro retransmissoras da Rede Globo, no interior de São Paulo.
Do Portal Galáticos Online/Foto: Folhapress

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