quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

Empresário dispara: Carnaval de Salvador virou um 'bacanal a céu aberto'


Em texto feito pelo empresário soteropolitano Davidson Botelho tem causado polêmica nas redes sociais. Em seu perfil na rede social Facebook, Botelho critica o Carnaval de Salvador e questiona: "uma festa ou uma orgia a céu aberto?".

"Antes que comecem a me chamar de homofóbico, preconceituoso, tirano ou algo do gênero, esclareço que respeito o contrário, as opções e os pensamentos de cada um. Dito isto, vou me ater ao que estamos assistindo nos últimos anos no carnaval de Salvador. Não concordo quando dizem que o carnaval de Salvador está virando uma festa gay, até porque a opção sexual de cada um não define o seu caráter, comportamento ou respeito ao outro. Estamos assistindo, sim, é a um verdadeiro bacanal a céu aberto, um atentado ao pudor a nossa sociedade. Impossível negar que a maioria dos casos de sexo no meio da rua ou sem nenhuma privacidade, vem acontecendo entre casais do mesmo sexo, mas isso é uma questão de caráter e não de opção sexual", aponta o empresário.

Para Botelho, Salvador está se tornando o destino da “putaria institucionalizada". "O carnaval é uma festa plural, alegre, irreverente desde que nasceu, não pode ser desvirtuada para este lado impedindo a presença das famílias, crianças e da sua essência. Atentado ao pudor é crime e não aceito que venham me dizer que é falsa moralidade da minha parte, isso é excesso e deve ser coibido pelo poder público pois infringe nossas leis", defende o empresário.

"Esses atos selvagens não podem ser aceitos por nenhum ser humano, independentemente se os protagonistas sejam casais homo ou heteros. O que se discute e não se aceita é a promiscuidade a céu aberto", pondera.

Após o texto do empresário Davidson Botelho, o Grupo Gay da Bahia (GGB), por meio do presidente Marcelo Cerqueira, reagiu ao conteúdo. "Escreve um monte de asneiras e quer usar licença poética para destilar veneno. Comportamento similar aos das baratas, percevejos que mordem e assopram. 'Não sou preconceituoso', então é o que? Curioso: fica acusando os gays de comportamento promíscuo, inclusive em ambientes públicos, eu até agora não recebi nenhuma imagem de LGBT fazendo sexo oral, ou outro tipo de sexo com alguém em via pública, mas de héteros, inúmeras. Agora, demonizar LGBTs por se beijarem na boca no circuito de carnaval, há de avisar que isso pode. Só não pode é mão naquilo, e aquilo na mão, ou na boca, na frente dos outros. Isso é atentado, e qualquer pessoa que se porte dessa maneira, independentemente do que seja, quebra o contrato social", bradou Marcelo Cerqueira.

"Segundo Freud, muitas pessoas que dedicam tempo para falar da sexualidade dos outros, suas práticas, pode ter tido uma possível parada na sua pulsão do desejo, assim, a sexualidade e a felicidade dos outros é algo que pode ser extremamente irritante para esses indivíduos, e não precisa ler o texto nas profundezas para identificar a possível presença de conflitos e a dificuldade de conviver com eles", alfineta o presidente do GGB.

"O cara fica se preocupando com a 'popa da bunda dos outros' como se fosse o paladino da moral e dos bons costumes. No carnaval, existe um personagem que é o folião, então é preciso deixar a majestade folião penetrar", brincou o dirigente da entidade representativa.


Do Portal Clériston Silva

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