sexta-feira, 15 de julho de 2016

Shows do Quinteto Sanfônico da Bahia, Renato Borghetti e do americano Murl Sanders marcam o segundo dia do IV Festival Internacional da Sanfona

O som típico gaúcho de Renato Borghetti se misturou à sonoridade nordestina do Quinteto Sanfônico da Bahia e ao estilo americano de Murl Sanders, na noite em que o palco brilhou, no Centro de Cultura João Gilberto, em Juazeiro (BA). Esta quinta-feira (14) foi marcada pelo início da série de concertos do IV Festival Internacional da Sanfona, que chega ao seu segundo dia.

Quem abriu as apresentações, às 20h, foi o Quinteto. Puxado pelo cantor,  sanfoneiro e curador do evento, Targino Gondim, o grupo variou os ritmos das canções, tocaram músicas de Vinícius de Moraes, Chico Buarque, João Gilberto e Sivuca. “O mestre Luiz Gonzaga tem um papel tão forte no nosso imaginário, que muitas pessoas ligam imediatamente o acordeom ao forró. Hoje vamos passear mais por outros ritmos”, disse Targino ao público, enquanto se preparava para tocar ‘Mercedita’, um clássico paraguaio.

Pouco tempo depois, foi a vez de Renato Borghetti tirar aplausos das crianças, idosos, jovens e adultos que estavam no centro de cultura. A canção ‘Felicidade,’, de Lupicínio Rodrigues, tocada pela gaita de ponto do instrumentista gaúcho, fez o público ficar de pé.  Em seguida, o americano Murl Sanders esbanjou simpatia ao se apresentar falando um pouco em português e usando versos que incluíam o Rio São Francisco.

Mas o segundo dia do festival da sanfona começou bem antes. Logo pela manhã, o professor instrumentista, Edglei Miguel, ministrou a segunda aula da oficina de acordeom que fará até esta sexta-feira (15). As exposições de sanfona e de fotografia também levaram os visitantes a andarem pelos corredores do João Gilberto. Pela tarde, Chico Chagas, um dos mais respeitados acordeonistas do Brasil, iniciou o workshop de harmonia e acompanhamento, em que falou sobre a combinação das vozes, função do acordeom e do sanfoneiro em um grupo, além do manuseio do fole.

A programação seguiu cheia, e a partir das 17h o espaço ‘Jam Sanfona Session’, deu oportunidade para acordeonistas da região e de outros estados se apresentaram na casa das artes em Juazeiro.  Como foi o caso do piauiense Thiago Costa, 14, da cidade de São Raimundo Nonato. Instrumentista há mais de dois anos, o rapaz disse que não poderia perder o festival. “Só a oportunidade de tocar na frente de artistas como Targino Gondim, Renato Borghetti e Chico Chagas já me deixa emocionado”, salienta o adolescente que veio num grupo de 50 pessoas do Piauí.

Nesta sexta-feira (15), o festival conclui os trabalhos nas oficinas e exposições (ambas a partir das 9h), além do workshop com Nelson Faria e Chico Chagas, que a partir das 14h, abordará técnicas de improvisação musical. O roteiro da sexta ainda conta com os shows, às 20h, de Oswaldinho, Mestrinho e os argentinos Vanina Tagini e Gabriel Merlino, também no Centro de Cultura João Gilberto. É só no sábado (16), que as apresentações se transferem para a Orla Nova de Juazeiro, quando os cantores Fagner e Targino Gondim, ao lado dos instrumentistas Chico Chagas, Murl Sanders, Daniel Itabaiana, Flávio Baião, Wanderley do Nordeste, Silas França, Vanina Tagini e Gabriel Merlino, darão o ritmo do último dia de shows.

  
Chegue antes

Segundo a organização do IV Festival Internacional da Sanfona, as entradas para os shows, que são grátis, devem ser retiradas no local até duas horas antes do início. Nesta quinta (14), os ingressos acabarem em menos de 15 minutos. Também lembra que 5% das vagas do teatro serão destinadas às pessoas com deficiência, idosos, gestantes e crianças de colo.

Com uma produção da Toca Pra Nós Dois Produções e Eventos e Conspiradoria Projetos e Produções, o festival é patrocinado pelo BNDES através da Lei Federal de Incentivo à Cultura, Realização da Prefeitura Municipal de Juazeiro e do Governo Federal através do Ministério da Cultura (MinC).


​Crédito
: Ivan Cruz (Jacaré), Regina Lima

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