terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Barrocas: Ex-frentista inova e se destaca vendendo picolé nas ruas da cidade

O vendedor de picolé empreendedor!
Após passar quase 3 décadas distante da sua terra natal, barroquense Naldo retorna e se destaca vendando picolés, usando uma caixa de som e com microfone labial conquista os clientes com muito humor. 
Quando um carrinho de picolé passa na rua é comum ouvirmos um homem gritando, anunciando o produto e os sabores disponíveis, mas Naldo inovou e surge empurrando seu carrinho de picolé com um rádio acoplado a um microfone, logo chama a atenção de clientes anunciando os mais populares. Em conversa descontraída com nosso repórter ele garantiu que o investimento na aparelhagem teve retorno rápido; "Já tirei o dinheiro, e estou vendendo bem mais que antes".

O ex-frentista Naldo Mendonça Filho, 51 anos, conhecido atualmente como Naldo do Picolé, contou que passou mais de 25 anos em São Paulo onde adquiriu experiência com vendas de produtos para veículos, lidando com todos os tipos de clientes. Retornando para Barrocas, mesmo próximo da aposentadoria teve a ideia de inovar na venda do picolé, não só nos equipamentos, principalmente no atendimento.


Trabalhando de domingo a domingo, de rua em rua, vai a eventos esportivos e culturais, sempre com um sorriso no rosto. Naldo afirma não ter preguiça de caminhar praticamente por toda cidade, no seu carrinho sempre limpo e revisado, até os pneus são novos,  assim consegue transportar aproximadamente 150 picolés, venda que atualmente garante o sustento da sua casa, esposa e dos seus seis filhos. 

"Minha rotina começa cedo, às 9hs passo na distribuidora pra pegar os picolés, já bem alimentado pra levar até as 16hs que é quando acaba e vou pra casa" conta. Hoje o ambulante revela que vive mais feliz, consegue rever amigos e estar próximo da família. O lucro ele não revela, mas disse que consegue 'fazer a feira', em média no mês chega a vender 5.000 mil picolés.  

Além de manter o carrinho bem zelado Naldo faz questão de reservar um lugar para guardar os saquinhos e palitos; "não gosto que joguem no chão, eu mesmo cato e jogo no lixo no fim do expediente" garantiu. Se a clientela é muito, cercado ao parar, seja numa oficina, praça e até na Prefeitura onde lhe permitem vender no interior do prédio, nestes casos vai na base da confiança com freguês, dando a liberdade de cada um ir pegando o picolé, dessa forma acredita na honestidade de cada um; "fica na consciência de quem chupou o picolé contar quando pegou" disse ele sorridente. 


Quando você passar pela rua, e encontrar o Naldo do Picolé perceba um vendedor alegre e principalmente honesto, com vontade de atender e fazer clientes e amigos, que para ele é a parte mais importante das vendas.

Da Redação - Por Victor Santos

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