sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Greve de médicos do INSS afeta 95% das perícias na Bahia, diz associação


A greve dos médicos peritos da Previdência Social (INSS) completa oito sem acordo nesta sexta-feira (11), na Bahia. A categoria decidiu manter a paralisação, em assembleia na manhã desta sexta, após falta de pronunciamento do governo. A greve foi deflagrada no dia 4 deste mês. Já os outros servidores do INSS estão parados há mais de dois meses.

De acordo com João Eduardo Pereira, delegado da Associação Nacional dos Médicos Peritos, cerca de de 600 perícias por dia são realizadas na capital baiana, e cerca de 120 mil por ano. No entanto, mesmo com disponibilidade de 30% do efetivo, grande parte das perícias não estão sendo feitas. Conforme Pereira, menos de 30 perícias estão sendo realizadas por dia.

"O que acontece é que os médicos vão para realizar as perícias e se deparam com problemas administrativos do INSS, que os impedem de trabalhar. Por conta desse problema administrativo, como dados cadastrais, documentações que precisam ser regularizadas, os médicos não conseguem fazer a perícia. Mesmo com o efetivo disponibilizado, essa questão do administrativo do INSS potencializou o problema com relação aos atendimentos", disse.

A assessoria do INSS informou que no último balanço do dia 9 de setembro, 26.092 perícias médicas haviam sido agendadas; 12.894 realizadas e 8.557 reagendadas no Brasil. O órgão acrescenta que não se pronuncia sobre o impacto causado pela greve.

Entre os itens da pauta de reivindicações, estão a reestruturação da carreira, que vai desde a jornada de trabalho, bonificações e recomposição salarial, reposição do quadro de funcionários; além de adequação de condições de trabalho, desde item de segurança, campanha de marketing do médico perito; adequação das leis e normas das rotinas administrativas e mudanças nos sistemas do INSS que são inadequados.


Do Portal CS

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