quarta-feira, 22 de julho de 2015

Auditores cobram investigação sobre filho de Aroldo Cedraz

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Citado por delator da Lava Jato, advogado Tiago Cedraz, filho do presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Aroldo Cedraz, foi alvo de buscas da operação Politeia na semana passada.
Entidades que representam auditores e procuradores do Tribunal de Contas da União (TCU) cobraram, em nota divulgada nesta terça-feira, 21, a abertura de uma investigação interna para apurar o envolvimento de autoridades da corte no esquema de tráfico de influência e corrupção investigado na Operação Politeia, da Polícia Federal. 
De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, o órgão vem resistindo em autorizar uma apuração sobre o caso, que envolve o advogado Tiago Cedraz, filho do presidente do tribunal, o valentense Aroldo Cedraz. Na semana passada, a PF fez buscas na casa e no escritório do advogado. Em depoimentos prestados à Procuradoria-Geral da República (PGR), o dono da UTC Engenharia, Ricardo Pessoa, um dos delatores da Operação Lava Jato, disse que fazia pagamentos mensais de R$ 50 mil a ele para obter informações de seu interesse no tribunal. 
Por um processo que envolvia licitação para obras na usina de Angra 3, Tiago teria negociado R$ 1 milhão com o empresário para que o caso fluísse. Ele nega irregularidades e diz que processará o empreiteiro. A fase de pré-qualificação para as obras foi suspensa temporariamente pelo TCU, após representação de um dos concorrentes. A decisão foi do relator, ministro Raimundo Carreiro. Vice-presidente e corregedor da corte, Carreiro vem afirmando que não abrirá investigação porque a casa não recebeu documentos oficiais a respeito e, portanto, desconhece a íntegra das acusações. 
Técnicos da corte sustentam que ele não tem isenção para tratar do caso, pois seu nome é citado nos episódios narrados na delação. Ele nega ter cometido irregularidades. Formado em 2006, Tiago fez fortuna com um escritório que atua no TCU, como mostrou o Estado na quarta-feira da semana passada. De acordo com O Estado de S. Paulo, em três anos, o valentense comprou imóveis de R$ 13 milhões em Brasília, alguns deles por meio de uma empresa com capital de R$ 20 milhões, aberta em sociedade com a mãe.
Do Portal NS

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