quarta-feira, 25 de março de 2015

Criança perde visão e parte do rosto após coceira: ‘ninguém sabe o que é’

img_2510
Adrielle saiu o sul da Bahia em busca de um tratamento para a filha | Foto: Maiana Belo/G1 Bahia
“Começou coçando o olho direito, ela ficou cega. Depois o esquerdo e ela ficou cega desse olho também. Passou para a boca, nariz e o céu da boca está todo aberto”. O depoimento é de Adrielle do Santos de Jesus, 22 anos, mãe que tenta descobrir tratamento definitivo para a doença da pequena Pyetra Jesus Santana, de apenas 5 anos, que destruiu parte do rosto da criança. 
Elas saíram da região sul e chegaram a Salvador no início da semana em busca de que um médico aponte a causa do problema e ajude a reconstruir o rosto dela com cirurgia. A criança coça bastante a área do rosto. Ela não possui mais dentes. A região do nariz tem uma fenda que atinge o céu da boca e, por isso, ela já não fala e se alimenta por sonda. 
Ela também não anda, segundo a mãe, as pernas já atrofiaram por passar muito tempo deitada. “Levo em clínicas de fisioterapia e quando veem ela, se negam a atendê-la”, conta a mãe da criança. Na tentativa de agendar uma consulta pela rede pública de saúde, a mãe, que não possui parentes na capital baiana, está hospedada em um hotel e recebe ajuda financeira de índios, já que integra a tribo Pataxó. Ela morava na aldeia Renascer, próximo à cidade de Alcobaça. Adrielle também recebe dos pais a ajuda para cuidar de Pyetra. 
A criança nasceu quando a mãe ainda tinha 17 anos, na cidade de Itamaraju, também no sul do estado. Quadro dias após o nascimento da filha, Adrielle descobriu que a bebê tinha doença no coração e que ele crescia rápido demais, afirma. Meses depois, soube que poderia fazer a cirurgia em Vitória, Espírito Santo, e foi para lá. Na cidade, morou por um ano e dois meses, quando decidiu voltar para Bahia. 
Uma consulta com um médico cirurgião, no entanto, foi marcado para o dia 31 de março no Hospital Gesteira, unidade de referência da rede pública especializado em crianças, quando será avaliado se o tratamento poderá ser realizado no local. 
Do Portal NS/Com informações do G1 BA

Nenhum comentário:

Postar um comentário