sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Suplentes assumem mandatos na Câmara de Salvador e no Congresso Nacional; Fernando Torres assume cadeira e reforça bancada baiana no Congresso Nacional

Tanto a Câmara de Vereadores de Salvador como a bancada baiana no Congresso Nacional terão novas caras: oito suplentes das coligações, que não foram eleitos pelo coeficiente eleitoral, assumirão cadeiras de vereadores e deputados. Seis deles para o Legislativo soteropolitano e dois, até então, para a Câmara Federal. 
A nova arrumação acontece após o resultado das eleições deste ano e os anúncios da equipe de secretariado do governador Rui Costa (PT). Os convites aceitos de Josias Gomes (PT) para secretário de Relações Institucionais e o de Nelson Pelegrino (PT) para a pasta do Turismo fizeram com que os caminhos de Fernando Torres (PSD) e Davidson Magalhães (PCdoB) se abrissem para a Câmara Federal.
O pessedista e o comunista serão os novos deputados federais da bancada baiana. Foram diplomados como primeiro e segundo suplentes da coligação Mais Mudanças, Novas Conquistas (PP / PDT / PT / PTB / PR / PSD / PC do B). Torres, mesmo com 66.215 votos, não foi eleito em outubro. Com base política em Feira de Santana, ele não viabilizou sua reeleição. Foi eleito em 2010 como deputado pela primeira vez, quando ainda era do DEM. Já foi vereador de Feira de Santana em 2000 pelo PTdoB e deputado estadual em 2006 pelo PRTB.

Em Salvador, dos seis suplentes que se tornarão vereadores, dois já haviam assumido o mandato em 2014: Beca (PTN) e Vânia Galvão (PT). O petenista estava na cadeira do vereador Alan Castro (PTN) desde julho. Castro havia tirado licença para a campanha eleitoral, e como foi eleito deputado estadual, renunciará à vaga no Legislativo soteropolitano, o que permitirá ao suplente, que obteve 5.366 votos em outubro de 2012, continuar na função até o fim de 2015.
Com a nova organização, quem deve sair no prejuízo é Alcindo Anunciação (PT), que se tornou vereador por conta da licença tirada por David Rios (PSD). Mesmo com a eleição do pessedista, Anunciação não deverá continuar, pois com o retorno de Edvaldo Brito (PTB) para a Câmara, que não deve continuar como secretário do governo estadual, pela hierarquia da coligação, Vânia assegura sua cadeira e passa a ficar na vaga de Rios, membro de sua coligação.
Expectativas
Outro vereador com retorno para as funções, apesar de não ter obtido êxito na última eleição municipal, é o suplente Sabá (PRB). O político ficará no lugar de Tia Eron (PRB), eleita deputada federal. O empresário fez parte dos quadros da Câmara de Salvador em janeiro de 2011 na mesma situação: na ocasião, quando Sidelvan Nóbrega (PRB) foi eleito deputado estadual, Sabá, como primeiro suplente da coligação, assumiu o cargo nos anos de 2011 e 2012.

Agora ficará até o fim de 2015. “Nossa prioridade será continuar o trabalho desempenhado pela vereadora Tia Eron. Pretendo também retomar projetos que não tive a oportunidade de desenvolver no meu último mandato, principalmente os ligados à área de segurança. Posso citar a proposição de instalação de câmeras de vigilância no entorno das casas de shows”, declarou à Tribuna. A liderança do bairro de Valéria, Antônio Mário (PSB), que obteve 2.712 votos, será vereador no lugar de Fabíola Mansur (PSB), que em fevereiro toma posse em seu mandato na Assembleia Legislativa.
Outro que seguirá os passos da socialista é Marcel Moraes (PV). No lugar do verde ficará Eliel (PV). Quem também assumirá o desafio do Legislativo após passar pelos comandos da Secretaria de Segurança Pública do estado e da Limpurb é a ex-delegada Kátia Alves (DEM). A política foi candidata nas eleições de 2012 e obteve 3.602 votos para o cargo de vereadora. Pertencente à coligação Pra Defender Salvador, Kátia vai herdar a cadeira que será deixada por Soldado Prisco (PSDB), eleito deputado estadual no pleito deste ano.
A cadeira que será deixada por Nelson Pelegrino (PT) será ocupada pelo ex-presidente da Bahiagás, Davidson Magalhães (PCdoB). O servidor público estadual, natural da cidade de Itabuna, obteve 65.171 votos e ficou na segunda suplência da coligação capitaneada pelo PT. Em entrevista à Tribuna, o comunista se posicionou como o representante do sul da Bahia na Câmara Federal. “Vejo com boas expectativas esse mandato. O governo federal fará bons investimentos na região e é importante termos um porta-voz, e eu farei esse papel de interlocução”, garantiu.
Questionado se aceitaria um novo convite de Rui para retornar à chefia da Bahiagás, o futuro deputado federal negou. Ele alegou que seu ciclo se fechou. “É necessária uma política de renovação. Eu já cumpri meu papel lá com um balanço muito positivo, e o governo sabe disso. Saímos, por exemplo, de três mil clientes e fomos para mais de 60 mil. Temos hoje um presidente competente que soube tocar nossos projetos e articular novos”, disse.
Sobre a atuação no Congresso Nacional, Magalhães argumentou que seu histórico de vida pública o ajudará na condução dos trabalhos na base. “A correlação de forças na Câmara e no Senado se estreitou. Mas tenho experiência no embate para poder ajudar a compor os meus pares. A bancada pode ter reduzido de tamanho, mas será mais densa”, lembrou. Ele destaca a importância do seu mandato também por compor a bancada federal baiana junto com seus pares comunistas, como Daniel Almeida (PCdoB) e Alice Portugal (PCdoB). Da Tribuna da Bahia.
Do Portal JC/FOTO: Reprodução/ABR

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