sexta-feira, 3 de outubro de 2014

A grande dúvida: para Datafolha, diferença entre Marina e Aécio é de 4,3 milhões de votos; para Ibope, é de 8,6 milhões

Foto: Estadão Conteúdo
A dúvida na reta final da eleição presidencial são as trajetórias de Marina Silva (PSB) e Aécio Neves (PSDB). Para Datafolha e Ibope, Marina segue uma linha descendente. Tem hoje menos eleitores do que tinha um mês atrás e pode ter domingo menos do que tem hoje. A divergência surge na análise da trajetória de Aécio. 
Está em ascensão, como aponta o Datafolha, ou estacionário, como afirma o Ibope? Se em ascensão, surge a segunda dúvida: a impulsão é suficiente para ultrapassar Marina? Qual o tamanho da tarefa?
Primeiro é preciso dimensionar o que representam os números. As taxas de eleitores que disseram que votarão em branco/nulo ou estão indecisos são diferentes: 8% e 7% no Ibope e 5% e 5% no Datafolha. Isso muda o percentual de votos válidos dos candidatos.
De acordo com o Datafolha, Dilma atingiria hoje 45% dos votos válidos (excetuados brancos e nulos), ou 64,3 milhões de votos; Marina ficaria com 27%, o equivalente a 38,6 milhões de votos. Aécio teria 24% dos válidos, ou 34,3 milhões de votos.
Pelo Datafolha, a distância de Marina e Aécio hoje seria de 4,3 milhões de votos em favor da candidata do PSB. E Dilma precisaria de 7,5 milhões de votos a mais do que tem para vencer a disputa no primeiro turno. Como a margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, a votação dos candidatos pode variar no intervalo de 3 milhões de votos para mais ou menos. Ou seja, a chance de Aécio passar Marina é três vezes maior do que Dilma ganhar no primeiro turno.
De acordo com o Ibope, Dilma teria 47% dos votos válidos, perto de 67,1 milhões de votos; Marina ficaria com 28%, cerca de 40 milhões de votos; Aécio somaria 22%, ou 31,4 milhões de votos. Para o Ibope, a diferença entre Marina e Aécio seria de 8,6 milhões de votos. Para vencer no primeiro turno, Dilma teria de obter 4,4 milhões de votos a mais do que tem. A margem de erro do Ibope também é de dois pontos, com os candidatos podendo variar no intervalo de 2,8 milhões de votos para mais ou para menos. No Ibope, a chance de Dilma vencer no primeiro turno é maior do que a de Aécio passar Marina.
São diferenças nada sutis que separam os números dos dois institutos. O Datafolha ouviu mais de 12 mil pessoas; o Ibope mais de 3 mil. É aquela história de para saber o tempero da sopa basta provar uma colher. Um preferiu a colher de sopa, outro a colher de chá. Depende do provador ser capaz de captar mais ou menos nuances do tempero.
COMO ESCOLHER UM DEPUTADO OU SENADOR? 
Tão importante quanto a escolha do candidato a presidente é a daquele que merecerá seu voto para o Legislativo (Senado e Câmara dos Deputados). É difícil estabelecer critérios objetivos para essa escolha. Existem diversos sites que estabelecem critérios para criar um ranking de performances dos atuais parlamentares, o que ajuda a entender quais merecem ser reeleitos. 
O melhor site que encontrei foi o Atlaspolítico.com.br, criado por Andrei Roman (PhD em ciência política pela Universidade Harvad) e Thiago Costa (PhD em matemática pela mesma universidade). Elaboraram um modelo matemático para calcular a performance dos parlamentares sem levar em conta a ideologia, mas elementos técnicos como representatividade, projetos, presença, discursos e processos. Os dez melhores deputados são, pela ordem:
Chico Alencar (PSOL-RJ); Manuela D’Ávila (PCdoB-RS); Fátima Bezerra (PT-RN). André Moura (PSC-SE); Roberto de Lucena (PV-SP), Rubens Bueno (PPS-PR); Domingos Dutra (PT-MA); Ivan Valente (PSOL-SP), Cleber Verde (PRB-MA) e Gonzaga Patriora (PSB-PE).
Os cinco melhores senadores são:
Eduardo Suplicy (PT-SP); Aloysio Nunes (PSDB-SP), Humberto Costa (PT-PE), Paulo Paim (PT-RS) e Flexa Ribeiro (PSDB-PA).
Do Yahoo - Por  | Plínio Fraga

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